Desde que fiz anos que tenho andado para aqui colocar um poema lindo que a minha amiga T me enviou no dia dos meus anos, junto com 'um jardim virtual' repleto das minhas flores favoritas, as tulipas.
A minha vida, ultimamente tão miserável, vale, quanto mais não seja (obviamente que nem vou referir as minhas filhotas, que essas já são ponto assente, certo?) pelas novas e não tão novas amizades que tenho, que fui (re)descobrindo, enfim, por essas, que aí estão para mim e que me dão força mesmo quando aqui não estão.
Soneto de aniversário
Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.
Vinicius de Moraes
Assim, como é que eu posso desistir?... sempre...
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