quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A imagem reflectida...

Olho, não gosto do que vejo
Vejo, mas não reconheço
Onde está a imagem que corresponde à alma?
Porque se distorce quando olho para o espelho?
Não a reconheço porque lá não me revejo
A mim, o meu eu verdadeiro que poucos conhecem
Nada tem a ver com a imagem reflectida
Nada tem a ver com a visão distorcida
Do que fui em tempos e hoje mais não sou
a imagem real é aquela
Os tempos foram passando
As imagens foram mudando
A visão interna está afinal, distorcida
Triste fim para concluir
E atinge bem no meio da alma
Hoje não é um dia bom...
...sempre...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Enganos...

Vi à algumas horas um programa ao qual costumo assistir sempre que posso. O programa é feito por um psicólogo mundialmente conhecido (Dr. Phil) e apresenta situações que, (muitas vezes custa a admitir), nos são muito familiares...
Não será este o caso (a situação em si), mas o medo (do que aconteceu) não me é de todo desconhecido...
Falava-se de uma mãe que, quando a filha tinha apenas 7 anos, fez queixa do seu marido às autoridades por achar que este abusava da sua filha. O que aconteceu a seguir invoca o maior dos meus medos...
Ao pensar que protegia assim a filha de um mal maior, esta mãe viu o seu maior bem ser-lhe retirado sob a acusação de alienação parental... Assim, ao invés de poder continuar a proteger a sua filha, viu-se inibida de o fazer por ordem judicial, tendo a guarda da criança sido atribuída ao pai (o pai que, efectivamente mais tarde, se veio a provar que as acusações eram reais).
10 anos de batalha judicial valeram àquela mãe a volta da sua filha, mas, como ela própria dizia, tinham-lhe levado "um anjo de 7 anos e tinham-lhe devolvido uma adolescente revoltada de 17 anos".
Em que se baseia o meu medo? Nunca na primeira parte pois EU SEI, sem ponta de dúvida, que quando as minhas filhas estão com o pai estão seguras (longe de mim passar-me sequer essa ideia pela cabeça). Não, o meu medo vem dos erros judiciais que se cometem... O meu medo é que, a qualquer instante, por qualquer razão, podemos ver-nos privados dos nossos bens mais preciosos (os nossos filhos) ou até mesmo da liberdade (já não é inédito no nosso país) para, mais tarde, se chegar à conclusão que não havia razão de ser... Até onde pode, por exemplo, uma queda acidental ( tão frequente em crianças) fazer-nos perder o bem familiar e a harmonia por causa de um funcionário extra-zeloso (sem se preocupar com a realidade da situação ou sequer indagar o que teria acontecido) que tira as suas próprias ilações e dá inicio a um processo contra nós que afinal, tudo fizemos para salvaguardar a integridade e felicidade das nossas crianças.
Falo, obviamente de um medo, pois nunca me vi numa situação deste género, mas são cenários que, numa altura ou outra da nossa vida acabamos a imaginar (penso eu).
Isto tudo, aliado a um advogado sem escrúpulos, dá acesso directo a uma vida de infelicidade e perda. Espero e acredito que, pelo menos os novos advogados que se formam neste momento (além de alguns que já exercem neste momento e possuem as capacidades que descrevo a seguir) sejam detentores de sensibilidade, integridade e interesse suficiente para saber distinguir quem efectivamente é nocivo de quem não é. Tenho a certeza que, no meio dos milhares que neste momento seguem esta via, há pelo menos um que é assim e é isso que o nosso país precisa para poder avançar em paz e segurança...sempre...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Força...

Curiosa esta coisa da força... Quando achamos que já não temos mais, acabamos por encontrar mais um bocadinho em nós... Nunca pensamos que somos fortes o suficiente para aguentar o que estamos a passar, mas, quando chega a hora da verdade, lá vem mais um bocadinho de força para aguentar o que, antes achávamos insuportável...
Tenho visto, da parte de muitas pessoas, provas de que a força vem a cada um de nós à medida que nos é precisa... Mas vem sempre... E a única condição para que tal aconteça é... ACREDITAR...
Temos que saber (e querer) acima de tudo que, quando a força nos começar a faltar, haverá um reabastecimento da mesma pelas nossas forças internas, pois essas, enquanto acreditarmos, serão infindáveis!
Por isso não deixo algumas pessoas desistir, por isso acredito mais nelas do que elas próprias, porque sei e acredito que, quando as forças lhes começarem a faltar, podem virar-se para si próprias ( e para mim também, claro está) que lá haverá mais um bocadinho da força que precisam para que sejam bem sucedidos nos seus intentos...
A fraqueza da força é só crer na força - Paul Valéry
Sempre que precisem, sempre que comece a escassear a força em vós, basta acreditarem, porque eu... acredito ...sempre...


domingo, 26 de outubro de 2008

Pia do Urso...

Ontem fomos visitar um local maravilhoso ... A pia do Urso...

A Pia do Urso é um espaço de uma aldeia típica em S.Mamede - Batalha, que foi reaproveitado , tendo-se construido no local um parque temático / sensorial (adaptado a invisuais), acompanhado de um circuito pedestre. Espectacular para crianças... As minhas adoraram...
Desde o sistema solar em 3D, até as fases da Lua (essa adorei eu, claro está), passando por uma nora d'água, o circuito da água, diversas pias temáticas e também um espaço de brincadeiras para os miudos, um espaço musical... Enfim, espectacular...
Durante o percurso podem observar-se diversas formações geológicas com um aspecto de "pias" - onde, aparentemente, em tempos passados, os ursos bebiam água; daí a origem do nome deste local: Pia do Urso.
Desde os aspectos lúdicos até á própria envolvente, este é um local de referência para levar miúdos e graúdos a passar algumas horas de bom lazer e alguma aprendizagem...
Recomendo vivamente e para os ajudar a encontrar o sítio, aqui está o link que vos dirá o que precisam saber...
Quem for de longe, pode alugar uma destas casinhas típicas por alguns dias a um preço, não excepcional, mas diria que... cómodo para uma experiência...
...sempre...

Sonhos...

Hoje tive um sonho lindo... Enquanto me lembrar dos detalhes e das sensações que me proporcionou o meu sonho, andarei no mundo da lua...
O que gosto nos sonhos é o facto de não haver impedimentos, vive-se como se quer viver, faz-se o que se quer fazer e geralmente (se o sonho for bom) o sucesso a todos os níveis é possível... Estive recentemente num lugar (real) muito especial para mim em busca de força, hoje, essa força veio em meu "auxílio"... Não, não vou falar sobre o meu sonho, pois esse é meu, só meu... e tentar explicá-lo seria conspurcá-lo... Não quero fazer isso... Quero manter no meu corpo a sensação que tive enquanto sonhava, a felicidade que sentia enquanto o fazia...E quem sabe, no futuro, algumas daquelas coisas que no meu sonho me fizeram tanto bem, sejam possíveis, mas desta vez, na realidade... Mas do futuro, falarei no futuro, hoje, no entanto, (apesar de não esquecer uma pessoa que neste momento sofre)... estou feliz!
"Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso" - Fernando Pessoa in "Livro do Desassossego"
...sempre...

sábado, 25 de outubro de 2008

Raiva...

Ontem, quando cheguei a casa, só me apetecia descarregar uma raiva imensa aqui no blogue... Mas achei que devia acalmar primeiro e hoje, depois da raiva inicial passar, colocar então os meus pensamentos a nu...
Mas a raiva afinal ainda não passou... E nem sei se passará... Alguém, que mal conheço, fez sofrer alguém que tenho como uma irmã... E isso eu não perdoo... A mim, façam o que quiserem que mais dia menos dia a coisa passa, agora, à minha "família", não...
Vi lágrimas em alguém forte demais para as verter, vi sofrimento em alguém que merece apenas sorrir, sorrir muito 24 horas por dia, 7 dias por semana... E nada pude fazer... Apenas apoiá-la... E isso tentei...
Gostava de poder fazer mais, muito mais, mas...
O que mais me custa, afinal, é que este personagem (neste momento é o melhor que lhe consigo chamar) ainda consegue (sabe-se lá como) pôr a minha Amiga a duvidar de si própria, das suas qualidades, de toda a sua beleza interior (a exterior está à vista por isso é intocável). Isso entristece-me... Que poder é esse que a impede de ver todas as suas qualidades, a sua bondade, a sua genuína amizade para com os outros???
TU, sim TU, és muito melhor que isso, tu vales muito mais do que o que pensas de ti depois da sua intervenção, e tens que saber, (lá no fundo acredito que saibas), que se alguém aqui não presta é ele ( se não fosse por mais nada, só pelo que te fez e faz sentir já seria suficiente), que te ignora ( a ti e ao teu bem mais precioso), que te maltrata, enfim, que te faz infeliz... Não te deixes manipular, decide o que é melhor para ti, tens que ser feliz, tens o direito (mesmo a obrigação) de ser feliz...
A vida não é isso, amiga, tens tanta gente a querer o teu bem... Solta as amarras, tens uma vida inteira de felicidade à tua espera... Deixa-a vir...
"Serás amado apenas quando puderes mostrar a tua fraqueza, sem provocar nenhuma força" - Theodore Adorno in Minima Moralia
..sempre...

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Histórias reais...

A história que vou contar é real. É real e assisti a ela na primeira pessoa, hoje, ao levar a minha filha mais nova à escolinha... Lá estava eu com ela, a deixá-la para ir trabalhar quando vejo um pequenino de aproximadamente um ano, um ano e pouco vestido apenas com um body e uns collants. Não liguei muito, mas chamou-me a atenção aquele bebé com aquela indumentária. Tendo havido não só ali, mas um pouco por toda a parte um surto de gastroenterite logo associei que a criança tivesse vomitado e, por uma razão qualquer não tivesse uma muda extra de roupa lá na escolinha (chegou a acontecer á minha pequenina pois num só dia, vomitou duas vezes o que fez com que se acabassem por lá as mudas de roupa).
Mas não, por muito assustadora que fosse esta versão, não sei até que ponto não seria preferível à triste realidade que acabei por conhecer. A criança tinha sido entregue pela própria avó (geralmente tão doces, zelosas e até mesmo mais pacientes que nós, como pais) saído directamente da cama para o carro (sem casaco ou cobertor a cobrir o seu corpinho) e do carro para o infantário... Assustador saber que, quando perguntaram à avó assim que ela chegou se não tinha sequer um casaquinho para o menino (não sei como estava o tempo no resto do país, mas aqui nesta zona estava um gelo de manhã) ela respondeu "no carro estava quente e foi só sair do carro e entrar para aqui"... MAS QUEM É ESTA GENTE????
Uma criança que, vim a saber pouco depois, tinha estado doente (também não houvera escapado ao surto) e estava agora muito constipado e a própria avó, ao entregá-lo dissera "Eu já devia estar em Lisboa, a roupa dele está aí na mochila, vistam-no..." P***... A criatura nem tinha tido a decência de mudar a fralda ao menino, trazia uma fralda que parecia que tinha acabado de mergulhar no mar (não sei se já viram como ficam) completamente inchada e quase a chegar aos joelhos do menino... Eu nem queria acreditar que alguém, que tivera o bom senso de escolher aquele infantário (como terá acontecido?!?!), privado, seguro e um dos melhores da zona (claro que sou algo suspeita, mas digamos que tem uma muito boa reputação), fosse capaz de uma aberração destas e nem se preocupasse com o bem estar do próprio neto...
Na altura lembro-me que sairam da minha boca as seguintes palavras " pelo menos durante o dia ele está em boas mãos", mas o que é assustador é que quando chega a tarde, o pequeno principe tem de voltar para as mãos da bruxa má... Deplorável...
Outra situação que me aflige diz respeito a duas meninas... Até algum tempo atrás, andavam as duas no infantário privado, por questões financeiras, optaram por colocar a mais velha na pré-escola pública e manter apenas a mais pequena no privado ( o que eu consigo entender perfeitamente, pois nem todos têm capacidade financeira para ter todos ou algum dos seus filhos num infantário privado). O problema para mim começa quando descubro que a mãe das meninas é afinal, dona do seu próprio negócio ( tem empregadas, o que lhe dá uma certa flexibilidade de horários) mas mesmo assim, espera todos os dias, não pela hora de fecho, mas sim pelos últimos minutos da tolerência após o fecho, para ir buscar as meninas a cada um dos locais.
Ok, é uma escolha, a senhora até pode ter empregados, mas querer vigiar, controlar o negócio, tudo bem, cada um decide as suas prioridades... Se assim fosse... Mas quando vejo ( e já me tinham dito) a criatura num belo dia a chegar de chinelos de quarto vi que a realidade era bem mais assustadora do que eu a imaginava ( e eu que geralmente tenho uma imaginação tão fértil).
A casa da senhora fica a menos de 1 km de cada um dos locais onde estão as suas filhas (e as minhas também pois num lado temos o infantário da minha mais nova, e no local onde é a pré da outra menina encontra-se também o ATL da minha mais velha). Conclusão: a senhora deposita as filhas nos dois locais, mas mesmo que vá trabalhar em alguma altura do dia, acaba por ir para casa e por lá permanecer em vez de ir buscar as meninas... Também me contaram que, há alguns dias atrás, num fim de semana, a mãe estava a dormir, com todas as portas e janelas abertas e as duas meninas fugiram para o infantário tendo sido encontrados pela vizinha da frente que as levou de volta a casa. Agora pergunto, que casa é esta, em que duas crianças de 4 e 2 anos sentem mais segurança num infantário do que na sua própria casa??? Alguma coisa deve estar muito errada, não acham? Sinto tanta pena destes anjinhos todos...
Quando tenho conhecimento de histórias deste género ( e conheço ainda outras) penso que nem toda a gente deveria ter a capacidade de procriação... A selecção natural que garante a sobrevivência do mais apto deveria ter maneira de garantir que pessoas assim não conseguissem reproduzir já que, sabe-se lá como, conseguem juntar-se em pares aparentemente tão inaptos um como o outro... Quando me sinto culpada por não conseguir ir buscar as minhas meninas mais cedo ( e acreditem que me sinto culpada por isso muita vez) penso que pelo menos não o faço de forma intencional e não consigo sequer evitá-lo enquanto que estas criaturas... Mas apesar de ter muita pena, nada posso fazer, enquanto que às minha meninas posso pelo menos garantir o seu bem estar e o meu amor incondicional ...sempre...

Motivação...

Ontem (porque passa já da meia noite), levantei-me e cedo saí de casa com o intuito de ir para a unidade fabril onde me encontro ocasionalmente a trabalhar... Ocasionalmente, não por que apenas trabalhe ocasionalmente, mas sim, porque o meu trabalho se desdobra em diversos locais aos quais eu me dirijo várias vezes por dia.
Só no espaço de 2 km são 3 os locais de trabalho que tenho. No resto do país tenho outros 5, portanto trabalho não me falta e locais para o fazer também não. Mas adiante...

Então, ontem lá me dirigi a um desses locais para, em conjunto com outros membros das empresas que represento e nas quais trabalho, tentar aumentar numa pequena sessão, a motivação dos meus colegas e , consequentemente a sua participação nestes tempos que só não se adivinham difíceis porque na realidade já o são desde há muito...

A realidade é que, apesar de muitos não terem esta necessidade, pois já dão diariamente o seu melhor, outros há em que dá sempre um jeitinho especial se tiverem alguém, em frente a eles, a mostrar o que realmente sente e a pedir ajuda... Sim, pedir, pois nestas coisas, apelar ao sentimento é, além de mais eficaz, muito mais honesto que tentar agir com pulso de ferro, sobretudo se quem o tenta fazer não consegue esquecer que quem se encontra do outro lado da máquina, da secretária ou mesmo em casa do cliente é um ser com tantos ou mais problemas que nós...

Mas é complicado, sentir as dificuldades nos recebimentos, as pressões nos preços, ver as margens a cair, os aumentos dos preços das matérias primas, as exigências dos fornecedores, balancear tudo isto e no final do mês conseguir dizer " Conseguimos, pelo menos por mais um mês, ainda cá estamos...".

É um legado em risco, são trabalhos de vidas, são famílias que podem a qualquer momento cair desamparadas, enfim, tanta coisa, tanta preocupação... Sim, porque nestas situações, mais do que a nossa própria pele, são mais 30, 40, 50 outras nas quais temos que pensar e fazer os possíveis para não os deixar cair... E se caíssem? pensamos nós por vezes, o que lhes aconteceria? Créditos por pagar, comida para comprar, escolas e infantários para pagar... Os tempos de brincadeira já há muito que passaram... Agora é a sério...

O monopólio era giro, mas era dinheiro a brincar... Agora o jogo é outro... O dinheiro é a sério, o dedal, o sapato e todos os outros agora têm uma cara, as casas que se perdem agora são um lar e não apenas uma propriedade... Não quero, não posso nem vou deixar isso acontecer...

Por isso deixei de dormir, por isso penso e sofro diariamente... Pois estas vidas todas, de uma maneira ou outra estão agora ligadas à minha e, daqui a algum tempo (longínquo, espero eu), será para mim que se virarão quando o final do mês chegar e eu espero que, quando esse dia chegar, eu possa seguir a tradição que conheço hoje e então dizer novamente que, com a ajuda de todos " Conseguimos, por mais um mês ainda continuaremos aqui". E que esse mês dure para sempre...sempre...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Carpe Diem...

Ao efectuar uma pesquisa, encontrei o seguinte poema. Descobri depois, que este poema era tão somente a origem da frase que encanta milhões...
CARPE DIEM
"Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã
Não perguntes, saber é proibido, o fim que os deuses
darão a mim ou a você, Leuconoe, com os adivinhos da Babilónia
não brinque. É melhor apenas lidar com o que cruza o seu caminho
Se muitos invernos Júpiter te dará ou se este é o último,
que agora bate nas rochas da praia com as ondas do mar
Tirreno: seja sábio, beba seu vinho e para o curto prazo
reescale suas esperanças. Mesmo enquanto falamos, o tempo ciumento
está fugindo de nós. Colha o dia, confia o mínimo no amanhã."
Odes – Horácio (65 – 8 A.C.)
Aqui, agora, muito se poderia este tema desenvolver, mas actualmente e pelo menos por agora, este blogue não está disponível para discussão, e face ao poema exposto, pouco mais tenho eu a acrescentar... Afinal, palavras para quê quando está tudo dito?... Tempus fugit, Carpe diem...sempre...

sábado, 18 de outubro de 2008

Trabalho...

Vou sair agora do trabalho... Mania que eu tenho de gastar horas preciosas em coisas tão banais como comer, dormir, tomar banho, enfim, pieguices... Depois acontece-me ter de abdicar de um dia na companhia das minhas princesas para recuperar o tempo "desperdiçado" em trivialidades como as que já descrevi acima. Eu ainda hei-de aprender... A realidade é que começo a ter pouco tempo e muito trabalho, o que por um lado é óptimo, pois, como descreve uma frase de William Blake que tive até há alguns dias no meu messenger, "A abelha atarefada não tem tempo para a tristeza" e eu sei que isto é verdade, porque comigo foi o que aconteceu. Durante a azáfama que acompanha os meus dias nem tempo tenho para me sentir miserável, mas depois, quando páro...
E a tristeza brutal que acompanhava até à pouco tempo o meu dia-a-dia transformou-se agora numa amena resignação que, conciliada com o excesso de trabalho e as palavras amigas (de quem as sabe proferir), fazem com que o dia de amanhã me pareça mais aceitável...Mas do futuro... falarei no futuro...sempre...

Banalidades...

Hoje nada de específico me traz a este local... Apenas me apetece escrever... sobre tudo, sobre nada, apenas escrever... Soltar palavras ao vento sem me preocupar onde irão cair, se irão para longe, se ficarão perto, quem as irá resgatar... Apenas escrever...
Recomeçaram hoje as minhas aulas; que saudades tinha... Já lá me apetecia escrever, tanto que mesmo os exercícios que deveriam ser apenas orais acabei a escrevê-los no caderno...
Vamos então escrever uma dissertação sobre... O tempo...
Só se fala do tempo quando não há assunto nenhum a discutir. Pois é isso mesmo que me traz aqui hoje, como aliás já referi... nada! Mas continuo com vontade de escrever, por isso, lá terão que me aturar...ou não... é uma escolha!
Pois bem, o tempo cá pelos meus lados não augura nada de bom... Frio, ventoso, nuvens todo o dia e direito a chuva no início da noite, quando me dirigia a Leiria. Mas nem tudo é mau... Pelo menos, a chuva já parou e as nuvens amainaram um bocado. Mas deixemos o tempo de lado ou acreditaram mesmo que eu iria perder mais de trinta segundos a divagar nas barbas do tempo?
Vou passar a um tema para mim bastante mais gratificante e sentido: a LUA. Finalmente, após grande resistência das nuvens, lá deixou a LUA de espreitar tímida por entre as nuvens para passar a ocupar um lugar de destaque, em todo o seu esplendor, rodeada por aquelas que antes a ensombravam. Olhei há pouco para ela para inspiração e força e lá a encontrei, esplêndida (apesar de em minguante), cheia de luz, enfim... brilhante! Espero que brilhe assim por todo o país, pois seria injusto privar alguém deste brilho que tanta força dá! Apesar de continuar com vontade de escrever, acredito que mais dia menos dia me vá arrepender de ter escrito tanto sobre... nada, quando tanto haveria a dizer sobre... tudo... Mas eu também nunca disse que era normal e nunca tentei sequer fingir que era, porque a realidade nua e crua da coisa é só uma... Apetecia-me escrever... E assim fiz...sempre...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

As coisas que perdemos...

Hoje perdi o meu telemóvel... Já reapareceu, mas durante umas horas foi uma agonia. Números perdidos, contactos talvez perdidos para sempre e a agenda, tão preenchida, que me determina os dias vindouros... Como iria eu fazer???
Não reajo muito bem nestas situações, sinto sempre uma angústia em pensar que hoje, neste preciso momento em que não tenho o telemóvel, alguém com quem já não falo há tanto tempo ou alguém que, de alguma forma teve acesso ao meu número, tenta agora contactar-me e do outro lado... silêncio! Enfim, a minha imaginação Hollywoodesca do costume, não é?
Outra das minhas preocupações é que, como viajo muito de carro, muitas das minhas reuniões/tarefas ou compromissos são combinadas em movimento e, como tal, a melhor forma de não me esquecer das obrigações assumidas é justamente marcá-las em algo que anda sempre comigo... o telemóvel. Agora, quando esse mesmo telemóvel desaparece, todos esses compromissos desaparecem com ele e eu, fico completamente à nora, havendo sempre a possibilidade de, nos dias mais próximos, aparecerem à mesma hora, vários grupos de pessoas de empresas distintas, para uma reunião (marcada e confirmada) com o D. Qualidade/Marketing do sítio, que, sem saber (por não se lembrar), sobrelotou determinada hora que julgava ainda vaga.
Não me posso esquecer de avisar amanhã, aos poucos que me lembrava dos números de cor e aos quais avisei que tinha perdido o telemóvel, que o dito já reapareceu e já não precisam usar números alternativos para me ligar e/ou enviar mensagem... Já sei, vou marcar na agenda do telemóvel, genial, não?...
...sempre ...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

De novo, o Sol e a Lua...


Está tudo dito! ...sempre...

sábado, 11 de outubro de 2008

Dia mundial dos animais...

Nem sei como me passou esta data despercebida. Eu, que gosto tanto de animais, que por vezes chego a gostar mais dos animais do que de algumas pessoas. Animais que sempre me fizeram sentir melhor, por pior que estivesse, que sempre me acompanharam, enfim, que sempre fizeram parte da minha vida. Descobri hoje, enquanto vagueava pelos blogues que conheço e que gosto de visitar com alguma regularidade, que foi no passado dia 4 de Outubro o dia mundial dos animais.
Que pena tenho que nem todos tenham ainda aprendido a respeitar estes seres que tanto bem nos fazem... Senão vejamos, ajudam crianças com doenças crónicas e incapacitantes a desenvolverem-se e a interagir, ajudam os 'nossos' idosos, tantas vezes abandonados pelas famílias, a terem alguma companhia e assim não sentirem tanto o fosso em que as famílias os colocaram, enfim, tanto bem nos fazem e nós, humanos, tantas vezes os maltratamos e abandonamos... Que pena...
Nós cá por casa, tentamos fazer um bocadinho para ajudá-los a ter uma existência mais fácil, somos família de acolhimento para animais abandonados, guardamos os bichinhos até que se encontre alguém que não se importe de ter mais um membro na família. Sempre que eu possa ajudar algum animal, assim o farei...sempre...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O futuro dos outros...

Hoje não é a minha vida que me leva a escrever aqui. É sim a vida de outrem... É, no entanto, outrem com quem me preocupo e quero tanto bem como nem laços de sangue poderiam obrigar a esse sentimento. E este, não sendo forçado é efectivamente sentido!
Na realidade, a vida desta amiga é parte da minha e, como tal, preocupa-me como se da minha se tratasse. Por isso me custa tanto vê-la numa corda bamba constante mas , qual junco vergado pela força do vento, sem nunca quebrar, ela também não tomba "porque assim não tem que ser...".
E ainda bem que assim é, porque ver-te quebrar seria quebrar eu também, mais não fosse o coração, pois as amizades são assim por mim vividas e esta, talvez pela maturidade que a acompanha, é-me especialmente querida e sentida.
Os dias passam e a tua força mantém-se... Admiro-te! Pela força, pela amizade, enfim, por tudo um pouco.
É verdade que costumo dizer que, do futuro falarei no futuro, e que, ainda hoje me avisaste que no futuro me poderias desiludir, mas deixa que te diga desde já que, para o fazeres com êxito, depois de tudo o que tens sido para mim e tens aturado de mim, das provas constantes de amizade e da tua preocupação genuína (porque ninguém conseguia fingir assim), terás que fazer um esforço sobre-humano para seres bem sucedida. Boa sorte com isso!
Enquanto não o fizeres, deixa que te diga, sempre que precises de mim, aqui estou, sempre que queiras desabafar, os meus ouvidos aqui estão para ti, sempre que te queiras rir (tenho o dom de fazer rir os outros, sabias?), vem ter comigo ...sempre...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Futuro...adiado...

Eu já devia até estar á espera. Liguei para a secretaria apenas para ouvir dizer que, como já sou licenciada ( e aparentemente isso agora é errado) não existe para os já licenciados uma segunda fase de acesso ao ensino superior ( a audácia de se pretender igualdade de direitos...). A sério?! Estaria eu mesmo à espera que assim não fosse? Por vezes acho piada à minha própria ingenuidade... Resta-me agora esperar que recomece o meu curso de línguas, que mantenho religiosamente há alguns anos ( é já no dia 17), não só para aprendizagem, mas também como uma espécie de terapia ( e que terapia!) e tentar novamente para o ano que vem ( Desistir?!? Não me parece!)
E, como um mal nunca vem só, passei o resto do dia a levar banhos da minha filha mais nova que não pára de vomitar... Uma das grandes desvantagens das creches e jardins de infância... (ela só entrou em Julho para lá, logo, tinha estado 2 anos mais ou menos protegida das viroses que se apanham nestes locais, apesar da irmã sempre ter "partilhado" com ela o que por lá encontrava/apanhava). Os vírus alastram-se com uma rapidez tal que é assustador... Coitadinha, como nunca tinha vomitado antes (claro que bolsou quando era pequena, mas obviamente já não se lembra) mais que a aflição de vomitar, era o pânico em que ficava no fim de vomitar, com medo e a pedir desculpa por ter "feito aneira"(palavras dela). Claro que logo a confortei e tentei explicar (o melhor que se consegue a uma criança de 2 anos) que, como ela estava doente era normal o que tinha acontecido... Mas espero que melhore depressa porque ela já não é gordita, e se ficar muito tempo assim... Não há-de ser nada. As minhas meninas são e sempre serão fortes ( orgulho-me de dizer que nisso saem à mãe) ...sempre...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Banho a dois...

Não, não é nada do que estão a pensar! O banho foi com a minha filha, a minha tulipa mais nova, e foi bommm... Tecnicamente, em bom rigor, (como dizia um professor meu) foi mais um banho a duas.
Não poderia ser o que estão a pensar mesmo porque... Bem, não interessa, basta dizer que tal agora seria impossível...
Sabem-me tão bem estes momentos com a minha prole que me fazem esquecer tudo o que correu mal na minha vida e me fazem sentir tão bem...
Hoje foi um dia... diferente... estou mesmo com vontade de voltar a 'atacar' os livros, aprender algo novo, conhecer gente nova, sair da rotina em que se tornou a minha vida e, quem sabe, arranjar um futuro diferente... Mas claro que tudo isto é lindo de pensar, mas depois a aplicação prática da coisa já não é assim tão simples... Mas não desisto e vou informar-me. Só então poderei decidir alguma coisa! Também nunca fui menina de desistir das coisas só porque são dificeis, não hei-de começar agora...sempre...

sábado, 4 de outubro de 2008

Memórias de estudante...

Talvez pelo inicio das aulas e pelo facto de eu ainda não ter recomeçado o meu curso, tenho andado a pensar no meu primeiro ano de universidade e com vontade de reviver essas experiências e adquirir novos conhecimentos. Irei ainda a tempo de entrar na segunda fase?!?
Lembro-me especialmente de dois professores do primeiro ano, o de Direito e o de Contabilidade Geral. Dois bons, aliás, óptimos profissionais nas suas áreas, mas apenas um deles um bom professor, pois não basta saber, mas é muito importante saber e conseguir transmitir os conhecimentos aos outros, pois no fundo é isso que faz um bom professor e não apenas o dominar a matéria. Isso, apenas um deles tinha.
Marcaram-me as aulas de direito (civil e comercial), não só pelas matérias em si, deveras apelativas e interessantes, mas também pela humanidade demonstrada pelo professor (que passava por um processo de divórcio naquela altura), e que, nalguns temas deixava transparecer uma paixão admirável e contangiante (especialmente em direito civil). Ainda hoje me lembro das suas palavras que muito jeito me vieram a dar na vertente profissional; Dizia ele (não esquecendo que o curso era sobre gestão de empresas e como tal, os assuntos de direito comercial seriam também a esse tema alusivos) "Fujam das letras como o diabo foge da cruz". Tais palavras nunca mais abandonaram a minha mente.
Outra das frases que ainda hoje me acompanha era sobre contabilidade. Fui das poucas pessoas que entrou naquele curso sem nunca ter ouvido/assistido a uma única aula de contabilidade, fiscalidade e outras dades do género. Tendo eu vindo da uma turma da desporto (área A, na altura), era mais fácil saber quais as penalidades que poderíamos sofrer num jogo de basquete ou volei do que como classificar um documento contabilístico.
Mas consegui e ainda hoje me guio pela frase que o meu professor de contabilidade disse no ano de 1994 (o que é bom, considerando a dificuldade com que nos transmitia os seus conhecimentos) " Nunca passem um cheque ou efectuem um pagamento sem terem o documento a ele correspondente". Parece óbvio, não é? Pois, mas é surpreendente a quantidade de vezes em que evitei problemas futuros apenas por seguir esta pequenina frase. Vieram outros anos, outros professores, alguns ensinaram-me muito, outros nem tanto, mas foi sempre com prazer que assisti às aulas em que, muito ou pouco, sempre retirava algo que me viria a ajudar mais tarde (ou pelo menos assim acreditava eu).
Ainda hoje me lembro das noites de sexta feira passadas no meu apartamento (nunca menos de 6 pessoas) a fazer trabalhos de grupo que um professor nos atribuia todas as semanas e na semana seguinte, o mesmo professor escolhia aleatoriamente um desses grupo para apresentar a aula e o tema aos colegas. Sendo que o tema era o mesmo para todos os grupos, achávamos mais fácil juntar 2 ou 3 grupos para desenvolver primeiro o tema e só então deixar os "acabamentos finais" para cada grupo em separado. Geralmente era coisa para acabar (entre estudo, paródia e conversas totalmente alheias ao tema) por volta das 6h da manhã, hora perfeita para sair e ir à procura das padarias que tiravam a primeira fornada de pão para nos deliciarmos a comer pão quente com manteiga. Hummm, que coisa boa! Só complicava quando tínhamos que comparecer depois, no sábado às 9h para mais uma aula... Quem se conseguia manter acordado?
Mas foram tempos muito bons e que deixam saudade...sempre...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Lá fora, vento...

Sibilo metálico
Um uivo abrangente
O vento que passa
Severo e imponente

Ao passar abana,
Retorna e destrói
Nunca nos engana
A passar por herói

O barulho aumenta
As árvores tombam
Ouve-se brandir
O que estará para vir?

...sempre...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O idoso...

Experiência do ser
que viveu, que amou
acompanhou, acolheu
deu vida, ensinou

Vive, por vezes não sente
existe, tantas vezes esquecido
saber, tantas vezes ignorado
família, algures, ausente
ausência, sempre sentida
exemplo dado, por vezes seguido
presença frequente, no passado

Vida, ainda existe!
Amor, pode ainda existir!
Abandono, inaceitável que exista!

Não costumo falar aqui em datas comemorativas, mas esta - Dia do idoso, porque acho que os idosos são um poço de saber tantas vezes ignorado, não poderia deixar de a referir, mais que não fosse para chamar a atenção, para que pensemos nos que nos acompanharam sem nunca nos abandonar e aos quais chega agora a nossa hora de retribuir com o mesmo cuidado e carinho ...sempre...