quinta-feira, 31 de julho de 2008

Sentimentos...

Vi há uns dias um texto que me pôs a pensar... Na realidade, despertou em mim um desejo de, a uma velocidade supersónica, me dirigir a uma livraria, para comprar o livro onde se encontra este texto deste meu conterrâneo, mas, tendo eu dois novos livros ainda por estrear, e estando a terminar um outro (versão inglesa) não me pareceu a melhor opção e refreei este meu desejo...
Mas não perde por esperar, pois assim, a constante que se mantém em mim, é um desejo enorme de acabar todos os pendentes que tenho para finalmente me poder "atirar" livremente às palavras deste autor.
Os livros são para mim, tal como as músicas, algo que tanto pode funcionar e despertar em mim sensações e emoções quase (sem querer abusar do conceito) orgásmicas, como serem-me completamente indiferentes... Nem tem muito a ver com o tema também, pois o mesmo tema pode ser aplicado de maneiras tão diferentes que no fim, podemos ter duas obras a falar da mesma coisa, em que uma delas inspira-nos e transporta-nos para situações e locais distantes e faz-nos desta forma viver, e a outra algo apático, inerte, incapaz de despertar em nós qualquer tipo de emoção... Detesto estas últimas...Amo as primeiras...Só tenho que sentir aquele "clic" que nos faz falta em tantas outras coisas da vida...
Bem, mas falando agora do autor, Antoine de Saint-Éxupery [1900-1944], era um aviador... Curiosos os locais onde se escondem as maiores pérolas, não acham? E como dizia, numa das minhas divagações por locais inóspitos online (onde se encontram verdadeiros génios literários, ainda que, infelizmente, na sua grande maioria, não reconhecidos como tal), deparei-me então com o seguinte texto...
"Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca."Antoine de Saint-Exupéry, in "Cidadela"
Podemos até não concordar com tudo o que é dito, (como fez um professor de forma bastante pertinente num blogue criado por professores que já tenho divulgado a algumas pessoas- arrumadores de palavras) , mas será possível a alguém manter-se indiferente após ler este excerto? Eu não o conseguiria, certamente ... sempre...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Hora de deitar...

Acabei de deitar as minhas princesas... é uma aventura estar só com elas e não me partir a rir com algumas das suas acções e/ou comentários. É verdade que passamos muito tempo só as 3, mas nem por isso deixo de me surpreender diariamente com elas. A mais velha consegue contrapor-se ás minhas imposições de uma forma em que fico completamente sem argumentos e acabo mesmo por pensar..."foste levada por uma pirralhita de 5 anos... devias ter vergonha...". Mas não tenho, quanto muito terei orgulho por pensar que ela é forte e eloquente o suficiente para impor o seu ponto de vista... de uma forma exemplar... Claro que por vezes ela pisa o risco e os seus argumentos transformam-se em algo mais e é nessa altura que, por mais que me custe (e custa muito), sou obrigada a puxar os galardões e mostrar quem manda... E é também nessa altura que eu, ocasionalmente, me transformo em algo de que não gosto... E tento evitar... Já a mais pequena, é genial (baba à parte!) ... Tirou recentemente a fralda e porta-se de uma forma exemplar, durante todo o dia! Mas ocasionalmente acontece, como aconteceu um dia desta semana, ela pedir para fazer chichi e quando eu ia para lhe tirar a fraldinha de treino (que eu, talvez por indicação do meu anjinho da guarda lhe colocara algum tempo antes, pois estávamos fora de casa e achei previdente fazê-lo) ela agarrou a fralda e disse com um ar desolador "já tá a fazer na faua"! Tive uma peninha dela... deu dó a maneira como ela disse aquilo, mesmo a dizer... não consegui, desculpa! Mas claro que apenas a confortei e lhe disse que estava tudo bem... E estava... e quando estou com elas está...sempre...

Música que faz sentir...

A meio deste mês fiz uma compilação de músicas que evocam o que tenho de melhor... É surpreendente a paz que sinto quando as ouço. É verdade que fui eu que as escolhi, por isso não me deveriam surpreender, mas a verdade é que cada uma delas tem alguma palavra chave , frase significativa ou um sentimento associado que me transporta e me transmite uma serenidade que gostaria de manter todos os dias, em todas as situações... Nem sempre é possível...
Claro que em situações em que me sinto mais desamparada, melancólica, já me têm dito que não é a melhor música para ouvir, mas eu nunca fui "menina" de desistir e acho que, como dizia Nietzsche, "o que não me mata só me fortalece"... E faço questão de vencer a melancolia e as impossibilidades da vida desta forma!
Em relação às impossibilidades da vida, uma grande Amiga colocou no seu messenger uma mensagem que considero genial (a mensagem e a amiga, claro está), e, por as achar tão geniais resolvi inclui-la ( a mensagem) nesta minha, mesmo já a tendo publicado há alguns dias, que é a seguinte :
"Algo é impossível até que alguém duvide e acabe provando o contrário"- Albert Einstein. Genial, não? ...sempre...

Palavras e apoio...

Há alturas na vida em que precisamos mesmo de uma palavra amiga... Ontem, numa altura em que estava mesmo a precisar de uma... ela veio... em boa hora...
Fiquei feliz... Fez-me bem saber (e eu já sabia) que quando preciso tenho sempre alguém que me apoia e me dá valor, ainda que sem saber que preciso ... é esse o peso da Amizade...sempre...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Capacidades...

É incrivel a capacidade de algumas pessoas em trazer o Inferno à terra e no dia a seguir sentarem-se no paraíso como se nada tivesse havido e deixar os demais a carpir no purgatório...
Gostava de ser assim, não sou, mas gosto de entender as razões que levam alguém a fazer algo... Posso até nem concordar com elas, pelo menos numa primeira análise, (tem acontecido), mas gosto sempre de saber o porquê... Por vezes chego a entender e até em concordar com elas (também já aconteceu), mas confesso que desta, não entendo, não concordo e sinceramente não me parece que vá mudar de ideias... Mas para estas coisas é que serve o futuro... E desse falarei no futuro...sempre...

domingo, 27 de julho de 2008

Terra em festa...

Estamos na altura da festa anual aqui da terra. Ontem, ia eu com as minhas filhas para casa de uma prima (emigrante) quando me deparei na estrada com uma banda de Filarmónica. Encostei o carro à berma para os deixar passar e na altura não consegui deixar de sentir uma certa nostalgia quando passaram por mim a tocar os clarinetistas... Já fui um deles... E agora, nem para salvar a minha alma conseguiria emitir um som num clarinete... Isto entristece-me, por várias razões... A primeira pela perda do conhecimento que levei tantos anos a acumular e que, num piscar de olhos mergulhou no esquecimento... A segunda, que me trouxe lágrimas aos olhos (algo que acontece sempre que passo por uma Banda a tocar) pelos momentos por lá vividos e agora perdidos... Tão importantes para mim e que tanta saudade me trazem... Foram tempos muito bons, com muitas amizades agora perdidas... Enfim, a vida... Mas continuo a adorar um bom concerto, com bons músicos...
Certo dia, ao falar com a minha filha, comentei que tinha tocado clarinete... Ela perguntou-me o que era um clarinete e aproveitei para lhe mostrar um trabalho feito de forma exemplar que vi um dia num blogue intitulado "História do Clarinete". Ela achou piada, enfim, a piada que se possa achar a este tema com 5 anos de idade... Mas que me traz saudades, isso é verdade...sempre...

Dia dos avós...

Não concordo com este dia! Não concordo por várias razões, pela primeira, pelas razões comerciais e consumistas que fizeram com que este dia fosse criado! Por outro por achar uma redundância desnecessária. Afinal, qualquer avô ou avó, para o ser, teve que ser pai e mãe e esse dia já é amplamente festejado/explorado por todos os ramos, para agora sermos expostos a mais um dia (fictício) em que se deve dar mais valor aos avós do que nos restantes... Hipocrisia, não acham? Ou não devemos nós dar a devida importância a este posto (devidamente merecido) todos os dias do ano? Porque deveria haver um dia em que se devesse dizer "hoje sim, é o vosso dia?". Não concordo! Lamento, mas é a minha opinião... E todos os anos sofro por esta opinião divergir, se não colidir frontalmente, com a da avó das minhas filhas (entenda-se minha mãe) que, apesar de eu nunca esquecer o dia da mãe, ao ignorar e não celebrar este suposto dia dos avós, representa para ela uma afronta que por mais que eu lhe tente explicar o meu ponto de vista, continuam a ser infrutíferas as minhas ideologias acerca do aparecimento da ideia deste dia e de quem terá sido o seu autor e tenho sempre que, além de levar com uns olhares no mínimo gélidos, ir ouvindo no correr do dia alusões em nada subtis em relação ao dia em causa e á minha inércia em relação ao mesmo... sempre...

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Está a chover...

Como eu gosto do cheiro da terra molhada... Quando começa a chover, mas é uma chuva miudinha que acaba por nada molhar... É esta mesmo, esta que me leva a recordar a tenra idade dos 5 anos, num país longínquo, que me viu nascer e que, algum tempo depois, me viu também partir...
São memórias sensoriais; neste caso, uma fragrância que invade as minhas fossas nasais e se vai alojar directamente nas minhas memórias... Memórias de menina pequena...Reminiscências de quando a vida era simples, tudo era simples, e tudo era perfeito! E é precisamente essa a sensação que sinto quando este cheiro me invade... Tudo volta a ser perfeito e, nem que por apenas um instante, um minuto, um segundo, volto a ter 5 anos e o mundo volta a ser perfeito...Por vezes, sem por isso esperar, todo o meio em que nos encontramos conspira e, de repente, estamos na rua, a chuva começa, aquele cheiro inebriante surge , invade os nossos sentidos e claramente, nestes instantes, podemos dar graças por tudo estar bem... graças a cheiros que nos marcaram... aos 5 anos de idade para...sempre...

As minhas manhãs...

Adoro as minhas filhas... Mas de manhã, poem-me à prova de todas as maneiras e feitios... Até que chego mesmo a perder a pouca razão que tenho ao exaltar-me e a gritar com elas. Não é fácil, estando sozinha a ocupar-me delas, prepará-las para a escola, ver as horas a passar, dar-lhes o pequeno almoço, e ainda manter-me fresca e serena quando por mais que eu tente racionalmente "negociar" a ida delas para a escola, elas continuam pura e simplesmente a ignorar-me e a fugir e a gritar e...enfim, tantas coisas... Confesso que não imagino a minha vida sem as minhas filhas, mas, e até tenho vergonha de dizer isto, precisava mesmo de algum tempo para mim... Só para mim...Depois, quando consigo finalmente chegar à escola, parte-se-me o coração deixá-las lá e virar costas...E sinto-me culpada... É mesmo uma dualidade de sensações e sentimentos, gostava de saber se sou só eu ou se há mais pessoas que se sentem assim...Mas que as amo incondicionalmente, lá isso é verdade... e é só por elas que faço determinados sacrifícios e tomo determinadas decisões, mas essencialmente, tudo o que faço é a pensar nelas e por elas...sempre...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Reagir...Nem sempre da melhor maneira...

Hoje reagi mal... Não foi a melhor maneira e a pessoa com quem o fiz não o merecia... Alguém que só quer o melhor para mim, apesar de nem sempre o demonstrar e nem sempre o fazer da melhor maneira... Mas a verdade é que reagi mal... Não o deveria ter feito, mas, qual tempestade que assola uma região tropical assim são as minhas reacções quando sou apanhada de surpresa por uma qualquer situação inesperada... E assim foi... E assim reagi eu, instintivamente ainda que não intencionalmente, de uma forma ríspida , desagradável e seguramente não sentida... Claro que, assim que o fiz, logo me arrependi, mas qual homem viciado em álcool que bate na esposa para logo que passe o efeito nefasto lhe pedir desculpa, de que adianta arrepender-me se já nada posso fazer, pois o mal já foi feito... Não posso dizer à pessoa o quanto lamento, pois nunca seria ouvida, na realidade, pouco haverá agora a fazer ... Porque seremos nós incapazes de nos conter quando algo que é feito a pensar no nosso bem acaba por ser mal interpretado por nós e acaba por surtir um efeito contrário, tanto na nossa vida, como nas nossas reacções... Como dizia a minha filha mais velha, quando lho foi ensinado na escolinha, "as desculpas não se pedem,...evitam-se..." De qualquer maneira, apesar de pouco adiantar, peço desculpa pela forma como reagi a algo que foi e reconheço como uma prova de amor...Como gostaria de poder controlar este meu feitio, que tantas agruras me tem trazido na vida... Mas gosto de acreditar que a idade algo de benéfico me há-de trazer (juntamente com as rugas, símbolo de sabedoria nas culturas indígenas) e que esses benefícios serão uma forma de controlar as minhas reacções de forma a não magoar aqueles que amo e que tanto respeito, apesar de nem sempre o demonstrar também da melhor forma... Veremos no futuro, do qual falarei também no futuro...sempre...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

A lagoa azul e verde...

Não conhecia esta lenda! Mas uma grande Amiga disse-me para pesquisar pois era uma história linda! Assim fiz e valeu bem a pena! Eu realmente adoro este tipo de lendas, em que o amor encontra, acima de tudo e todos uma forma de prevalecer e manter-se vivo!
Assim, como diz a lenda, havia um Rei com uma filha de lindos olhos azuis, que se viria a apaixonar loucamente por um pastor local de olhos verdes. O Amor que ambos partilhavam era forte e puro! Caso o não fosse, razão alguma haveria para esta história se manter viva nas mentes do povo! Apesar do grande amor que os unia, o Rei proibiu-os de manterem esse amor, por pertencerem a classes sociais diferentes e achar o Rei que a sua linda filha deveria casar com alguém real, ou pelo menos de muitas posses... Assim, condenou-os o rei a serem separados e impedidos de se verem. A tristeza era tanta que os seus olhos inundaram-se e daí correram verdadeiras cascatas de lágrimas. Dos lindos olhos azuis da princesa saiam lágrimas azuis, dos tristes olhos verdes do pastor saiam lágrimas verdes que vieram, como dita a lenda, originar a lagoa azul e a lagoa verde, da Lagoa das Sete Cidades. Até hoje as suas lágrimas mantêm-se lado a lado, sem nunca se misturarem... Mas também sem nunca ninguém as ter conseguido separar...
Linda, não é? ...Sempre...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Lutar pela vida...de tantas maneiras...

Uma das minhas amigas "irmãs", uma das que conhece a existência deste blogue encontra-se actualmente hospitalizada. Na realidade, essa é uma rotina que, infelizmente ela já conhece bem... Sejam erros ou simplesmente azar, o que se verifica é uma constante viagem entre a sua casa e as instalações hospitalares. Mas agora, acredito que ela sinta medo, pois agora que pensava estar bem, tem razões para recear o futuro, e nós já sabemos como o destino pode ser cruel.
Mas, Amiga, não receies, e verás a poeira assentar antes mesmo de passar o efeito da anestesia. Eu lá estarei junto a ti, se não fisicamente, espiritualmente, pois não conseguirias arrancar-me de lá mesmo que tentasses. Ligar-te-ei à tarde apenas para te fazer rir, como dizes que sempre consigo, não ligarei para saber se tudo correu bem, pois disso não tenho dúvidas!
Porque mais uma vez, eu acredito...Em tudo o que já antes afirmei...Sempre...

O meu estado...

Neste momento, nem sei bem explicar como me sinto... Por um lado, envolta num manto de calma, sinto-me a pairar no universo e vejo-me de cima a olhar para baixo, onde trabalho, respiro mas sem viver realmente. Porquê? Não sei, mas assim me sinto... O facto de estar sozinha para me organizar mentalmente tem-se revelado mais positivo do que eu pensava. Agonizava a pensar que me encontraria sozinha e nada mais faria a não ser chorar... Estava enganada! Na realidade era mesmo deste estado que eu necessitava para finalmente acalmar. A tensão que se sentia naquele que era suposto ser o "meu" ambiente, já não se sente... E ontem, finalmente, consegui relaxar!
Ao fazê-lo trouxe de volta a casa um ambiente propício a brincadeiras com a minha filhota, que já ansiava pela volta de outros tempos... Sinto-me bem por estar de volta... Agora só me resta determinar como manter-me por cá...realmente...sempre...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

A minha escrita...

A minha escrita afecta de uma forma surpreendente! Mas como o poderia fazer? Serão as minhas palavras assim tão acutilantes? Como, se são apenas lampejos de uma alma atormentada?
Alguém me disse que quando sofro a minha escrita melhora... Se assim for, prevejo grandes epopeias no futuro que encheriam de inveja qualquer william Shakespeare ou, num contexto mais nacional, um Luis de Camões... Sem dramas! O que tiver que ser, será! Começo a entender isso agora!
Em relação ao sofrimento, a realidade é que, sendo um sentimento tão poderoso, este local tornou-se um pouco o meu psicólogo pessoal (e bastante mais em conta, devo dizer). As respostas é que nunca me foram enviadas pelo virtual (o que poderá justificar a diferença cambial - do profissional virtual versus profissional real). Mas do futuro, como já tenho dito, falarei no futuro... Sempre...

A nossa vontade e a nossa natureza...

Recebi por messenger uma mensagem muito inspiradora... Claro que a pessoa que ma enviou é dona de uma sensatez e culturas surpreendentes, por isso não me espantou ter recebido dela esta mensagem carregada de sentimento e compreensão... Merecia muito mais na sua vida... Mas ainda há tempo...
"Devemos agir de acordo com a nossa vontade apenas dentro dos limites da nossa natureza e sem tentar fazer o que vai para além dela. Devemos usar o que é naturalmente útil e fazer o que espontaneamente podemos fazer sem interferir na nossa natureza. E não tentar fazer aquilo que não podemos fazer ou tentar saber aquilo que não podemos saber. A felicidade é essa 'não-acção' perfeita..."
Tem razão. Porque será então, que tentamos sempre ir mais além?...sempre...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Reencontro com uma música...

Ainda sobre o fim de semana, reencontrei uma música que muito me agrada, tendo em conta que os seus autores (alemães) têm um estilo de música no mínimo sui generis que geralmente não se coaduna com a minha personalidade. No entanto, eu acredito que quem anda nestas andanças musicais durante muitos anos, nem que seja acidentalmente, acaba sempre por tropeçar numa música genial e intuitiva, o que acho que terá sido o caso! Mas, avaliem por vós mesmos... Vão ao you tube e façam uma pesquisa pelo nome do grupo " Rammstein", isto caso não os conheçam. Até aqui, penso que irão ficar chocados, pelo estilo de música... Agora, o que têm estes sujeitos a ver comigo? Confesso que nada teriam não fosse a música do mesmo grupo "Ohne dich", esta sim, a que me enche as medidas, ainda mais sabendo o significado da letra... Mas como o alemão não é lingua "corrente" no nosso país, achei que seria pertinente colocar aqui a tradução do texto musical, para que esta música passe a ter em vós o efeito que produz no meu ser... Espero que gostem...sempre...

Ich werde in die Tannen gehn,
Eu vou pela floresta
Dahin wo ich sie zu letzt gesehn
Onde te vi pela ultima vez
Doch der Abend wirft ein Tuch aufs Land
A noite lança um manto sobre a terra
Und auf die Wege hinterm Waldesrand
E pelos caminhos atrás da floresta
Und der Wald er steht so schwarz und leer
E a floresta está tão preta e vazia
Weh mir oh weh
Doi-me, oh doi
Und die Vögel singen nicht mehr
E os pássaros já não cantam mais

Refrain:
Ohne dich kann ich nicht sein
Sem ti, não posso estar
Ohne dich
Sem ti
Mit dir bin ich auch allein
Contigo também estou sozinho
Ohne dich
Sem ti
Ohne dich zähl ich die Stunden
Sem ti conto as horas
Ohne dich
Sem ti
Mit dir stehen die Sekunden
contigo param os segundos
Lohnen nicht
Nada se aproveita

Auf den Ästen in den Gräben
Em cima dos ramos e nas sepulturas
Ist es nun still und ohne Leben
É agora calmo e sem vida
Und das Atmen fällt mir ach so schwer
E custa-me tanto respirar
Weh mir oh weh
Doi-me, oh doi
Und die Vögel singen nicht mehr
E os pássaros já não cantam mais
(Refrain)
Und das Atmen fällt mir ach so schwer
E custa-me tanto respirar
Weh mir oh weh
Doi-me, oh doi
Und die Volgen singen nicht mehr
E os pássaros já não cantam mais

Dificuldades da vida...

Em relação a algumas dificuldades com que nos deparamos ao longo da vida, conta uma antiga lenda que, na Idade média, um homem muito virtuoso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher. Na verdade, o verdadeiro autor era uma pessoa muito influente no reino e por isso desde o primeiro momento se procurou um “bode expiatório” para encobrir o culpado. O homem foi levado a julgamento já sabendo que tinha escassas ou nulas oportunidade de escapar ao terrível veredicto: a forca!
O juiz, também metido na trama, cuidou de dar um aspecto de um julgamento justo e por isso, disse ao acusado:
- Conhecendo a tua fama de homem justo e devoto ao Senhor, vamos deixar nas mãos d’Ele o teu destino: vamos escrever em dois papéis separados, as palavras “culpado” e “inocente”. Tu escolherás um deles e será a mão de Deus a decidir o teu destino.
Claro que o mau funcionário, havia escrito em ambos os papéis a palavra “culpado”, e a pobre vítima, ainda sem conhecer os detalhes, dava conta que o sistema proposto seria uma armadilha. Não havia escapatória, o juiz ordenou ao homem a pegar num dos papéis dobrados. Este respirou profundamente, ficou em silêncio uns quantos segundos e, quando a sala começava já a impacientar-se, abriu os olhos e com um estranho sorriso, pegou num dos papéis e levando-o à boca, engoliu-o rapidamente.
Surpreendidos e indignados, os presentes condenaram o acto veemente:
- Mas? Que fez? E agora, como vamos saber o veredicto?
-É muito simples, respondeu o homem, é uma questão de ler o papel que resta, saberemos assim o que dizia o que engoli.
Com nítido incómodo e enjoo mal dissimulados, lá tiveram que libertar o acusado e jamais voltaram a molestá-lo.
Moral da história: por mais difícil que se apresente uma situação, nunca deixes de buscar a saída nem de lutar até ao último momento. Sê criativo! Quando tudo parecer perdido, usa a imaginação!...sempre...

“Nos momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento” – Albert Einstein

Ausência...

Tantos dias sem aqui vir deixar o meu testemunho... Confesso que já começava a sentir a chamada "ressaca" que tantos se queixam quando deixam um qualquer vicio... O meu agora é este... escrever para o infinito virtual... Tantos dias de ausência deixaram-me espaço para tudo,sonhar, abstrair-me, etc...
Aproveitei o dia de sábado, para tomar uma resolução...Deixar de fumar... Será que vou conseguir? Pelo menos é mais um motivo para estar a sentir a dita "ressaca" de que falei no inicio...
Aproveito para partilhar aqui uma paisagem de um local que tanta paz me traz... Sempre que preciso de inspiração ou até mesmo de afogar as mágoas, acabo sempre neste local, que foi, inexplicavelmente sempre tão especial para mim...

É ou não um espaço lindo? Acredito que, quem já o tenha visto ao vivo tire outra sensação desta imagem, mas para os restantes acreditem que é mesmo um local inspirador...sempre...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

A lua e as estrelas...

Os Índios antigos acreditavam que quando um bravo guerreiro morria, o seu espírito insurgia-se e transformava-se numa estrela brilhante no horizonte. Saber isto não me trouxe grande vantagem até ao dia em que morreu a minha tia (favorita, diga-se). Nesse dia, aliás, alguns dias depois, (pois tive alguma dificuldade em ultrapassar a perda, não a tendo, na realidade, ultrapassado completamente até ao momento), resolvi adaptar esta crença à minha realidade e, a partir desse dia, sempre que perco alguém importante para mim, acredito que o seu espírito continue a olhar para mim e a velar-me lá de cima, ou seja, acredito que, nessa altura, uma nova estrela surgiu no horizonte e sei perfeitamente quem é. E lá está ela, a minha "Titi" e o meu "irmão" Zé Paulo e infelizmente tantos outros que já não habitam esta terra.Assim celebro a morte...
Agora, no extremo oposto, mas também lá longe no horizonte, contemplo algo que me faz desejar viver... A Lua... Esta presenteia-me com a sua luz e leva-me a viajar, para longe, e traz para perto de mim a vida, a minha vida! Quando distraída a vejo, algo se apodera da minha alma e me transporta, me faz sentir de forma que já à muito não sentia... Como é bom... Como me faz bem a Lua! E sei que a Lua que brilha junto a mim, presenteia a todos com a sua luz e com o seu brilho! Espero que faça mais alguém sentir-se assim...Sempre...

terça-feira, 8 de julho de 2008

O génio de volta à garrafa...

Nos últimos tempos tenho pensado muito nos ses da vida... E se em vez de ter seguido este caminho, tivesse seguido por outro? Estaria hoje mais feliz, estaria bem, teria as minhas filhas? São muitos ses para analisar e de todos, acredito que:
1º- Caso tivesse insistido no curso que sempre quis (medicina veterinária), estaria hoje bem mais feliz, pois, mesmo que não fosse financeiramente sucedida, sê-lo-ia no meu coração a fazer o que sempre me vi a fazer;
2º - Acredito que desta forma seria pessoalmente feliz e, certa de que as minhas filhas me estavam destinadas, teriam vindo de qualquer maneira, para me realizarem, desta feita, como mãe, que é uma das poucas coisas que me deixa completamente extasiada...
Quando algo nos acontece, temos como hábito tentar contornar a questão e voltar à vidinha de sempre... Agora, quando o que nos aconteceu mudou a nossa forma de ver o mundo à nossa volta, como fazemos agora para voltar a colocar o génio de volta para a garrafa?
Não só me parece difícil, como poderia mesmo dizer impossível... E agora... O que fazer?
Acredito no destino... Ainda que o destino nos pregue algumas partidas (algumas mesmo cruéis), acredito que o nosso destino já foi escrito e nós somos meros peões com a ilusão de que mandamos alguma coisa na nossa vida. Em relação ao destino, Séneca tem uma frase interessante que é “O destino conduz o que consente e arrasta o que resiste”. Real, não?
Mas, guiada pelo destino ou não, continuarei a fazer o que me parece correcto, obviamente arcando com as devidas consequências, mas sempre certa de que estou a fazer o melhor ou pelo menos, o que o meu destino quer, para não ser arrastada... Sempre...

Os sonhos tudo explicam...

Desde que sonhei com o meu "irmão" Zé Paulo que tenho tido no messenger a seguinte mensagem "Como eu gostava de saber decifrar sonhos... Tenho alguém (falecido) que me quer proteger... E não sei de quê..."!
Nada de mais, se não fosse a resposta de uma amiga pela mesma via, com o seguinte...
"Estive a pensar... e parece q há estudos q apontam para o facto de nos sonhos se reflectirem as nossas ansiedades e preocupações. Se calhar acordaste, porque ainda n tens respostas. Procura-as dentro de ti... E lembra-te, cá, na terra dos vivos e pálpáveis, também há quem goste mt de ti. Beijinhos"
De qualquer maneira, agrada-me pensar que tenho alguém a preocupar-se comigo e a ajudar-me a ultrapassar estes meus dilemas e complicações... E não é só no mundo do além, pois se há coisa que eu prezo e que se tem manifestado nos ultimos tempo são as poucas(mas boas) amizades que tenho mas que são também do "outro mundo" ... Obrigada, amigas e amigos... Sempre...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Protecção do além...

Estou numa fase algo conturbada da minha vida... Tenho sentimentos adversos em relação a coisas que anteriormente tinha como certas. Mas não era bem assim, na realidade, estava adormecida, num sono profundo em que não sabia exactamente o que fazer, o que sentir e mais importante ainda, para quê sentir...
Talvez para me proteger de todo este caos em que a minha vida se transformou, tive hoje um sonho... Não digo que o sonho resolveu o meu caos pessoal, mas digo sim, que me senti bem, me senti protegida (ainda que não saiba bem do que me protegia o meu sonho), por alguém que posso dizer considerava como um irmão, não de sangue mas de coração (apesar de ter um que é na realidade as duas coisas).
Então, após este sonho, coloquei algumas coisas em perspectiva...
Viver um dia de cada vez com calma e assim, será mais fácil organizar-me e fazer a minha vida organizar-se à minha volta...
Que saudades tenho deste meu "irmão" Zé Paulo, que pena tenho que já não esteja entre nós para poder com ele viver, chorar, desabafar, crescer, enfim...
Estejas onde estiveres, meu "irmão"amigo, sei que hoje, estiveste comigo, a dar-me força e a ajudar-me a passar por esta fase... Se puderes volta, pois eu continuo a precisar saber... de que me protegias tu? que apesar de o sentir, não o consigo decifrar...Sempre...

Razão pela qual vivo...

As princesas do meu reino...

Sempre que tenho dúvidas sobre o que aqui ando a fazer, basta-me olhar para qualquer uma delas e ter a certeza de que tinha um objectivo a minha vinda a este mundo... Fazê-las existir e existir assim também desta forma...
Como é bom amar assim...Sempre...