sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O poder das palavras...

"A palavra é o espelho da alma: tal o homem, tal a palavra" - Públio Siro

Tenho andado animada pelo facto de que, daqui a algum tempo, a minha filha já saberá ler... Nessa altura, já poderei partilhar com ela o poder das palavras... Já o faço, actualmente, mas fá-lo-ei de forma diferente... Com uma participação mais activa da sua parte, ao ler e viver o texto lido...
Este surpreendente poder que tem uma palavra dita/escrita em determinada altura... Devastadora ou a melhor coisa do mundo, dependendo da altura em que é dita/escrita e obviamente quem a diz/escreve.
Nada de mais significativo que um texto, meia dúzia de linhas sem grande significado para quem a lê, mas que para os seus interlocutores, possui algumas centenas de palavras que acabam por nem precisar de ser proferidas... Mas estão lá... Para eles, estão lá...
Muitas vezes reconhece-se um autor apenas pelo que a sua mão escreve... Mesmo sem que este se identifique, mesmo sem o seu nome lá aparecer... Bastam algumas palavras para que a sua sensibilidade, as suas ideologias, as suas opiniões transpareçam e de repente, sentimos a sua presença como se esta fosse uma realidade... São assim os grandes autores...

"As palavras são um remédio para a alma que sofre" - Ésquilo

Servem para esconder a dor, para exprimir sentimentos (ou para os camuflar), para animar um amigo, para renovar uma amizade ou até mesmo para falar de algo, algo simples que se encontra a debate apenas porque alguém se lembrou de o sugerir... Como são boas estas últimas... "No strings attached", como dizem os ingleses...
Podem ser mensagens de apoio, de amor, de alento ou apenas de Amizade, mas estão lá... Pode ser qualquer palavra... Basta uma... Qualquer uma que pode ser apenas...

...sempre...

2 comentários:

Anónimo disse...

Sou…

Um Ser mutilado, e receoso que procura vestir-se de humanidade
Por fora verosímil, mas por dentro flamejo, como astros invisíveis que habitam numa galáxia de neblinas
Contraditória, expectante, desassossegada!
Aguardo,
Como o caçador a sua presa
Acabo,
Por ser despojo de auroras fenecidas
Falo de quem escreveu
E, do que foi dito
Porque reside em mim, a incapacidade absoluta e quase total, de falar do que sou
Só porque não o sei
E, se o sei não o falo, porque não me sinto capaz
A inércia é déspota,
A vontade subserviente
Pairo
Mas… não tombo
Porque assim não tem de ser!

smf disse...

Palavras…
Saem soltas da mão que acaba de as escrever.
É artista, mesmo sem o saber!

Sempre lho digo, a vida por ora é ingrata
Mas a vida, ainda se escreve no agora
E o agora, semeia para mais tarde colher
Colheita fértil em palavras e amor
Continua e semeia, que não te irás arrepender!

Beijo grande, Amiga!