sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Estigma...

Parte I
Após uma breve passagem pelo estado REM, eis que me encontro agora sem a capacidade de reproduzir tal proeza. Absorvida pelos meus pensamentos, sentimentos, emoções, recordações, enfim, tanta coisa que me deixa incapaz de dormir... Mas não me sinto mal, pelo contrário, algo aconteceu que me renovou e me deu de novo alento a uma vida mais... Como hei-de dizer... Mais feliz, sim, será este o termo indicado... Feliz!
Ontem foi o meu dia de anos, mais do que prendas e festas, o que mais gosto neste dia são as demonstrações de afecto e carinho que se recebem das pessoas que mais amamos, Amigos incluídos, obviamente. E ontem recebi algumas demonstrações das quais não estava particularmente à espera, mas que, como já referi, me deu um renovado ânimo...
Gostava de agradecer as tulipas virtuais (grande Amiga T, uma amizade recente mas que já me conhece como poucos) e também a quem me ligou... e/ou mandou mensagem, que muito me animaram, por ver que não me esquecem... desta vez não sempre, mas ... nunca!
Parte II
Pensando no futuro das minhas filhas, surge-me uma dúvida (entre milhentas outras, é claro!)... Há pessoas que acham que devemos, quando a idade o permitir, contar aos nossos filhos alguns dos sacrifícios que fizemos por eles, do que abdicámos por eles, por Amor a eles... Não sei se concordo com isto, pois penso que pode ser algo difícil para eles o estigma de saberem os sacrifícios que os pais estão dispostos a fazer por eles. Não ficarão eles depois com algum tipo de sentimento de culpa pelos nossos actos? Com a sensação de que poderíamos ter vivido, sido felizes e que de alguma forma, por eles, não o fomos?Por outro lado, é verdade que também poderão considerar que, tendo sido feitos em nome deles determinados sacrifícios, é enorme o amor que lhes temos...E sentirem-se bem por realmente notarem de forma ainda mais intensa o amor dos pais por eles... Não sei... Terão as minhas filhas que ser meninas muito bem organizadas mentalmente para eu sequer encetar determinadas conversas com elas... Mas quem sabe, não terei algumas histórias, algumas coisas para lhes contar que as leve a ver o quanto foram amadas, que as leve a entender tudo a que estava disposta a abdicar por elas (e algumas às quais realmente abdiquei) e então saberão que, acima de tudo e todos, foram amadas... Muito amadas... Mas se será ou não dito só no futuro saberemos e do futuro... falarei no futuro ...sempre...

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