quinta-feira, 31 de julho de 2008

Sentimentos...

Vi há uns dias um texto que me pôs a pensar... Na realidade, despertou em mim um desejo de, a uma velocidade supersónica, me dirigir a uma livraria, para comprar o livro onde se encontra este texto deste meu conterrâneo, mas, tendo eu dois novos livros ainda por estrear, e estando a terminar um outro (versão inglesa) não me pareceu a melhor opção e refreei este meu desejo...
Mas não perde por esperar, pois assim, a constante que se mantém em mim, é um desejo enorme de acabar todos os pendentes que tenho para finalmente me poder "atirar" livremente às palavras deste autor.
Os livros são para mim, tal como as músicas, algo que tanto pode funcionar e despertar em mim sensações e emoções quase (sem querer abusar do conceito) orgásmicas, como serem-me completamente indiferentes... Nem tem muito a ver com o tema também, pois o mesmo tema pode ser aplicado de maneiras tão diferentes que no fim, podemos ter duas obras a falar da mesma coisa, em que uma delas inspira-nos e transporta-nos para situações e locais distantes e faz-nos desta forma viver, e a outra algo apático, inerte, incapaz de despertar em nós qualquer tipo de emoção... Detesto estas últimas...Amo as primeiras...Só tenho que sentir aquele "clic" que nos faz falta em tantas outras coisas da vida...
Bem, mas falando agora do autor, Antoine de Saint-Éxupery [1900-1944], era um aviador... Curiosos os locais onde se escondem as maiores pérolas, não acham? E como dizia, numa das minhas divagações por locais inóspitos online (onde se encontram verdadeiros génios literários, ainda que, infelizmente, na sua grande maioria, não reconhecidos como tal), deparei-me então com o seguinte texto...
"Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca."Antoine de Saint-Exupéry, in "Cidadela"
Podemos até não concordar com tudo o que é dito, (como fez um professor de forma bastante pertinente num blogue criado por professores que já tenho divulgado a algumas pessoas- arrumadores de palavras) , mas será possível a alguém manter-se indiferente após ler este excerto? Eu não o conseguiria, certamente ... sempre...

Sem comentários: