quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Enganos...

Vi à algumas horas um programa ao qual costumo assistir sempre que posso. O programa é feito por um psicólogo mundialmente conhecido (Dr. Phil) e apresenta situações que, (muitas vezes custa a admitir), nos são muito familiares...
Não será este o caso (a situação em si), mas o medo (do que aconteceu) não me é de todo desconhecido...
Falava-se de uma mãe que, quando a filha tinha apenas 7 anos, fez queixa do seu marido às autoridades por achar que este abusava da sua filha. O que aconteceu a seguir invoca o maior dos meus medos...
Ao pensar que protegia assim a filha de um mal maior, esta mãe viu o seu maior bem ser-lhe retirado sob a acusação de alienação parental... Assim, ao invés de poder continuar a proteger a sua filha, viu-se inibida de o fazer por ordem judicial, tendo a guarda da criança sido atribuída ao pai (o pai que, efectivamente mais tarde, se veio a provar que as acusações eram reais).
10 anos de batalha judicial valeram àquela mãe a volta da sua filha, mas, como ela própria dizia, tinham-lhe levado "um anjo de 7 anos e tinham-lhe devolvido uma adolescente revoltada de 17 anos".
Em que se baseia o meu medo? Nunca na primeira parte pois EU SEI, sem ponta de dúvida, que quando as minhas filhas estão com o pai estão seguras (longe de mim passar-me sequer essa ideia pela cabeça). Não, o meu medo vem dos erros judiciais que se cometem... O meu medo é que, a qualquer instante, por qualquer razão, podemos ver-nos privados dos nossos bens mais preciosos (os nossos filhos) ou até mesmo da liberdade (já não é inédito no nosso país) para, mais tarde, se chegar à conclusão que não havia razão de ser... Até onde pode, por exemplo, uma queda acidental ( tão frequente em crianças) fazer-nos perder o bem familiar e a harmonia por causa de um funcionário extra-zeloso (sem se preocupar com a realidade da situação ou sequer indagar o que teria acontecido) que tira as suas próprias ilações e dá inicio a um processo contra nós que afinal, tudo fizemos para salvaguardar a integridade e felicidade das nossas crianças.
Falo, obviamente de um medo, pois nunca me vi numa situação deste género, mas são cenários que, numa altura ou outra da nossa vida acabamos a imaginar (penso eu).
Isto tudo, aliado a um advogado sem escrúpulos, dá acesso directo a uma vida de infelicidade e perda. Espero e acredito que, pelo menos os novos advogados que se formam neste momento (além de alguns que já exercem neste momento e possuem as capacidades que descrevo a seguir) sejam detentores de sensibilidade, integridade e interesse suficiente para saber distinguir quem efectivamente é nocivo de quem não é. Tenho a certeza que, no meio dos milhares que neste momento seguem esta via, há pelo menos um que é assim e é isso que o nosso país precisa para poder avançar em paz e segurança...sempre...

1 comentário:

Anónimo disse...

... és tão LINDA ...

:-))

...sempre...