terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Sons da noite...

In http://ferrus.blogs.sapo.pt/arquivo/noite.jpg

Acabo de ouvir um tiro!
Nada de mais, penso eu mas, a hora tardia, as series que passam na TV cabo, a violência crescente que nos invade através dos media, e uma imaginação fértil, trataram logo de criar um argumento digno de série policial.
Curioso como, quando nos encontramos em casa apenas na companhia de crianças menores, qualquer barulho, por mais inocente que seja, nos desperta e nos coloca em alerta. Acho que é esse um dos sinais mais flagrantes da maternidade!
Eu prefiro pensar que é tudo muito mau e chegar à conclusão de que afinal não era nada de mais do que facilitar e acreditar que os ruídos que por vezes cortam o silêncio da noite fazem parte dos ruídos nocturnos normais e ser depois surpreendida por algo mais.
Analisando o tiro mais a frio, poderia não ser mais do que alguém a afugentar uma raposa de forma a proteger o seu rebanho (algo tão comum nestes lados) ou poderia ser mesmo algo mais, e neste caso, acredito que ainda virei a descobrir, novamente pelos media.
De qualquer maneira, prefiro continuar alerta!
…sempre…

5 comentários:

Anónimo disse...

G.A. é uma vergonha para a já tão mal vista Policia Judiciária .
O livro AVM é um insulto à inteligência de quem a tem .
Não passa de uma mal cheirosa fantasia locupletando-se desonestamente à custa da desgraça alheia .

smf disse...

Respeito a sua opinião.
O facto de aqui apresentar o livro não significa que o defenda, mas a verdade é que, através do livro , temos uma visão da realidade sobre uma profissão da qual pensamos muito saber e que na realidade é bastante diferente do que pensamos (falo por mim, claro). Mais do que o caso em si, é esta realidade que me leva a dar algum relevo ao livro.
No caso concreto, acredito que tenha havido um excesso de diplomacia e que, mais uma vez, deixámos o assunto por mãos alheias, sempre por considerar que os outros são mais eficientes( infelizmente, algo tão visto quando se trata do povo português). Não acredito em heróis e não acho que os haja nesta história.
Em relação ao livro em si, a realidade é que foi um obra que me chamou a atenção - talvez pela polémica que o rodeou, e, sendo real ou não o que lá se apresenta, acho que é uma oportunidade de ver um dos ramos da nossa justiça em acção, e depois sim, poder criticar ou apoiar a actuação dos agentes em campo.
Em relação à conclusão ou conclusões que do livro se poderão retirar, a única que retirei ( e nem precisava do livro para isso) é que num aldeamento turistico do Algarve, uns pais optaram por deixar 3 crianças sozinhas, para saborear um jantar entre amigos.E isso, por si só é condenável( posso estar a ser tendenciosa neste caso, pois sou mãe e não consigo deixar as minhas crianças sozinhas nem para ir a casa da vizinha). Tudo o resto não passa a meu ver, de suposições, mais ou menos fundamentadas.
Como se costuma dizer, "quem sabe está calado" e, quem sabe num futuro, saibamos onde estava realmente a verdade...Para bem da criança!
...sempre...

Anónimo disse...

Receio bem que G.A. seja o espelho deste Portugal menor ... A PJ é apenas uma menor questão de pormenor neste Portugal . Ainda , o livro AVM apenas distorce a realidade . Vd. bibliografia Dr. Barra da Costa-Ed. D. Quixote .O povo suspeita mas ignora a triste verdade da nossa (in)Justiça (PJ,Magistrados,Juizes,Advogados tudo no mesmo saco , haja a coragem para o dizer) .

Anónimo disse...

Quanto aos pais deixarem "3 filhos sozinhos" numa propriedade privada , vigiados regularmente , jantando os pais a 50 metros (com relativa visibilidade)recordo o reputado Manual Merck que define abandono como falta de alimento , vestuario e carinho .Cada qual defende um conceito pedagógico de vigilância (ainda que o não pratique...). Curioso , ainda não vi uma mãe portuguesa dizer que alguma vez tenha deixado um filho sozinho !!!

http://sites.google.com/site/goncaloamaralcurriculumvitae/

smf disse...

Caro anónimo, em relação ao facto de terem ficado 3 crianças numa "propriedade privada, vigiados regularmente", aparentemente não foi o suficiente, não acha?
Em relação às mães portuguesas, acredito que temos de tudo, tal como no exterior, mas posso apenas falar por mim,e se eu nunca o fiz, muito menos o faria com crianças daquela idade, num pais estranho, não exactamente pelo medo de rapto (infelizmente tão presente nos dias de hoje) mas também porque as crianças são imprevisíveis e basta um segundo de distracção para uma vida inteira de arrependimento!