terça-feira, 14 de julho de 2009

Sou...com muito orgulho...

"Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei-de dizer-lhes:

- Eu amei-vos o suficiente para ter perguntado onde vão, com quem vão e a que horas regressarão;
- Eu amei-vos o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia;
- Eu amei-vos o suficiente para vos fazer pagar os rebuçados que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro e fazer-vos dizer ao dono: “ Nós tirámos isto ontem e queríamos pagar”;
- Eu amei-vos o suficiente para ter ficado em pé, junto de vós, duas horas, enquanto limpavam o vosso quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos;
- Eu amei-vos o suficiente para vos deixar ver além do amor que eu sentia por vós, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos;
- Eu amei-vos o suficiente para vos deixar assumir a responsabilidade das vossas acções, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração;

- Mais do que tudo, eu amei-vos o suficiente para vos dizer não, quando eu sabia que vocês poderiam odiar-me por isso ( e em alguns momentos até odiaram);

Estas eram as batalhas mais dificeis de todas. Estou contente, venci… Porque no fim, vocês venceram também!
E, qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva pais e mães; quando eles lhes perguntarem se os seus pais eram maus, os meus filhos vão poder dizer-lhes:"

“Sim, os nossos pais eram maus. Eram os piores do mundo… As outras crianças comiam doces no café e nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e gelados ao almoço e nós só tínhamos para comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.
Os nossos pais tinham que saber quem eram os nossos amigos e o que é que fazíamos com eles.”

“Insistiam que lhes disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Os nossos pais insistiam sempre para que lhes disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.”
“E, quando éramos adolescentes, eles até conseguiam ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata!”
“Os nossos pais não deixavam os nossos amigos tocarem à buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater á porta, para que os nossos pais os conhecessem.”

“Enquanto podiam todos chegar tarde a casa á noite com apenas 12 anos, tivemos que esperar pelo menos até aos 16 anos para poder chegar um bocado mais tarde, e aqueles chatos ainda se levantavam para saber se a festa tinha sido boa (só para ver como estávamos ao voltar).”
“Por causa dos nossos pais, perdemos imensas experiências na adolescência. Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, roubos, actos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.”

“Foi tudo por causa dos nossos pais!”
“Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o melhor para sermos ‘PAIS MAUS’, como eles foram.”

“Acho que este é um dos males do mundo de hoje:”
“- Não há pais maus suficientes!”
Dr. Carlos Hecktheuer, Psiquiatra
..sempre...

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