quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz Ano Novo...

Um pequeno brinde para todos os que habitam o meu coração...
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Votos de um 2009 repleto de Felicidade!

...sempre...

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

No fim do ano, uma história...

Há alguns dias atrás, “abracei” uma iniciativa que teve lugar em todas as escolas primárias do distrito de Leiria. A iniciativa (que aplaudo) consistiu em presentear todos os alunos do 1º ciclo do ensino básico do distrito de Leiria com um livro escrito pelo professor José Manuel Silva (Professor do Instituto Politécnico de Leiria ), com ilustrações da também professora Inês Massano Cardoso.

Tendo o particular intento de oferta, este livro não se encontra à venda em livrarias. Li esta obra às minhas filhas e as duas adoraram ouvi-la e fizeram muitas observações e perguntas (fáceis de responder – descansem).

Tenho pena que esta história não venha a ser comercializada, mas, como acho que a mesma é, na sua simplicidade, muito bonita e mostra às crianças que o valor das coisas não é, nem deve ser monetário, e que as melhores coisas da vida são gratuitas (como o é a imaginação), irei de seguida transcrevê-la de forma a que, sobretudo quem tenha filhos pequenos, possa deliciá-los com esta pequena obra literária. Mesmo porque nunca é cedo demais para começar a “viciar” as nossas crianças no mundo dos livros, não acham?

Assim vos deixo com “ Bonifácio e o cavalinho Imaginação”!
Sim, eu também achei que poderiam ter escolhido outro nome para um livro de crianças, mas, não terá sido propositado?
Talvez para ensinar às crianças desde tenra idade a não estranharem nomes e/ou pessoas. Se calhar alguns “Bonifácios” e “Gervásios” e outros do género enquanto crescíamos e… Talvez eu não tivesse franzido o nariz ao nome Bonifácio… Mas, nomes à parte, a história dirá tudo!

Feliz 2009!!!...Cheio de boas leituras!!!...

O Bonifácio era um menino sortudo, pelo menos era o que todos pensavam.
Nunca lhe faltara nada. Filho de pais abastados, habituou-se desde sempre a ter tudo o que queria. Toda a família lhe dava muitos mimos e como gostavam muito dele, estavam sempre a dar-lhe brinquedos, a oferecer-lhe gelados e a dar-lhe chocolates.

Mas o Bonifácio era um menino triste, muito triste. Ninguém sabia donde lhe vinha aquela tristeza. Quase nunca sorria e passava o dia a ver televisão e a comer pipocas.
Devia ser por isso que era infeliz, sempre afundado no sofá, com a tigela das pipocas numa mão e o comando da TV na outra.

Mesmo assim nunca deixava aquele ar triste, para desespero dos pais que não percebiam como podia o seu filho ser assim. Motivos para se sentirem tristes tinham os meninos pobres, pensavam eles, agora o seu filho, a quem nada faltava, não tinha razões para isso. Se lhe davam tudo, ele tinha a obrigação de sorrir e de ser feliz.

Como o Natal estava a chegar desafiaram o Bonifácio a deixar a televisão e as pipocas por um bocadinho para escrever uma carta ao Pai Natal a encomendar as prendas. O miúdo ficou confuso. Via tantos Pais Natal na televisão que ficou na dúvida a qual deles se dirigir.

Na noite de Natal o Bonifácio não arredava pé de frente do televidor pois estava desconfiado que era por ali que as renas haviam de aparecer com o seu dono carregado de prendas.

Enganou-se, foi na porta da frente que apareceu um enorme caixote cheio de lindos embrulhos.
Toda a família se pôs a ajudar o Bonifácio a abrir as prendas, cada uma mais bonita do que a anterior. Mas ele nem um sorriso, parecia até cada vez mais triste.

Foi então que viu um embrulho estranho. Era muito estreitinho e comprido e depois alargava como se fosse uma almofada e era molinho e quando se abanava ouvia-se um guizo. Era a prenda da avó Maria. Deixou as pipocas, pousou o comando da TV e começou com muito cuidado a desembrulhá-la.

De repente começou a sorrir como nunca antes acontecera. De entre o papel rasgado saiu um cavalinho. O corpo era o pau de uma velha vassoura. A cabeça fora feita com toda a ternura do mundo pela avó, que aproveitara uns panos castanhos que já não serviam, cortara-os com a ajuda de um molde, enchera-os de espuma, desenhara e pintara os olhos de verde, o nariz de azul e a boca de um vermelho bem vivo. Depois pusera-lhe umas rédeas e, não fosse o cavalinho perder-se, um guizo ao pescoço, parecido com os dos gatos.

O Bonifácio sorria muito contente para o cavalinho e este, coisa extraordinária, também lhe sorria. Experimentou montá-lo, que alegria. Nunca tinha sentido nada assim.
Chamou-lhe Imaginação. Olhou, sem entusiasmo para todos os outros brinquedos, caros e sofisticados, espalhados pelo chão, e sentiu o cavalinho relinchar como que a convidá-lo para uma viagem maravilhosa.

Fincou os pés nos estribos imaginários, segurou fortemente nas rédeas e deixou-se embalar por um galope sem fim.

A partir desse dia o Bonifácio foi o menino mais feliz do mundo. No seu cavalinho experimentou todas as aventuras, foi a todos os continentes, percorreu todos os mares, passou por todas as montanhas, fez imensos amigos e aprendeu coisas que ninguém mais sabia. Diz-se até que o Sol mais não é do que o seu sorriso feliz quando cavalga o cavalinho Imaginação.
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...sempre...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Neste Natal...

Muita coisa aconteceu este ano...
Algumas coisas boas, outras, muito boas!... Algumas coisas más, outras, muito más!...
Mas, como em todos os anos, esta altura (de introspecção para muitos) é também altura de renovar a esperança por um futuro mais agradável.
É obviamento isso que desejo a todos de quem gosto, com uma incidência muito especial (outra coisa não seria de esperar) para as princesas do meu reino!
A todos, perto, longe, mas SEMPRE no meu coração, deixo este pequeno vídeo com uma música alusiva à época num cenário de fantasia, com os votos de um futuro risonho e que este mundo de fantasia transborde e sejamos todos afectados por ele...E que não mais haja impossíveis...

Feliz Natal!

...sempre...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Direito do Trabalho...

Uma das coisas que gosto de fazer é frequentar aulas ou cursos de formação. Considero-as uma óptima maneira de adquirir e/ou aprofundar conhecimentos.
E se, por vezes, acabo a lamentar o tempo por lá passado por não ter achado a dita proveitosa, o mesmo não se pode dizer da acção de formação que frequentei nas passadas 3ª e 4ª feira.
A acção dizia respeito a um tema sobre o qual me dá sempre muito prazer debater... Direito do trabalho!
O formador, esse então é um orador nato, daqueles que podemos passar dias a fio a ouvir sem nunca nos cansar o corpo ou a mente!
Dr. Albano Santos, um homem do Norte, Advogado especialista em Direito do Trabalho!
Foi mesmo um prazer assistir à sua formação . Abençoada inscrição... Valeu mesmo cada cêntimo!
A formação em causa foi feita através da APECA (Associação Portuguesa das Empresas de Contabilidade e Administração) da qual o Dr. Albano é responsável pelo Departamento Jurídico.
Se alguém alguma vez precisar de um advogado de Direito do Trabalho, seja para uma situação real da sua vida ou mesmo para algum trabalho (no caso dos estudantes) em que precise de algum tipo de esclarecimento sobre o tema em causa, recomendo vivamente este profissional, pois além de (sem sombra de dúvida) dominar o assunto, ainda tem o dom (claramente um dom, pois não é algo que esteja acessível a todos) de conseguir expor o tema de uma forma que qualquer ser o consiga entender sem qualquer dificuldade.Sim, senhor! Parabéns, Dr. Albano Santos!
...sempre...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Uma história verídica...

O que me traz aqui hoje é uma história... Uma magnífica história da qual tomei conhecimento, e por achá-la tão linda e digna de nota, resolvi partilhar neste espaço.
Esta história, de tão incrível, quase parece fictícia, mas não é, garanto-vos. É simplesmente...incrível...
A história envolve uma senhora que conheço, viúva desde que a sua filha tinha 3 anos (actualmente tem 34). Esta senhora, após a morte do seu marido, fez grandes sacrifícios para conseguir educar da melhor forma possível a sua única filha (minha amiga).
Apraz-me dizer que o conseguiu e que a sua filha é uma mulher sensacional, muito amiga e muito bem formada.
Bem, mas voltemos à história. Sem grandes novidades até há alguns meses atrás, altura em que tudo mudou...Mas antes disso, deixem-me só fazer um pequeno parênteses...
Quando a minha amiga tinha 15 anos, arranjou um namorado da marinha (de profissão, não da terra), por esta altura, o rapaz ia partir para "talvez" não mais voltar, o que provocou na mãe da minha amiga uma reacção de tristeza e choro tendo no momento confessado à sua filha uma paixão antiga que houvera tido e que se tinha ido embora (pelas mesmas razões do agora namorado da filha), tendo ficado a história inacabada entre ambos. Entretanto, a jovem casara e tivera uma filha.
Acabado o parênteses, 30 anos passaram sem que do jovem rapaz se tivesse notícia...
Até que, no inicio deste ano... Ele telefona (nem sei muito bem precisar em que condições) à mãe da minha colega para retomar o contacto; ele, sozinho, ela, sozinha (na Suíça), decidem encontrar-se (em Frankfurt)... Hoje estão juntos, como se nem um dia tivesse passado desde a sua separação...
Mais de 30 anos sem contacto e a chama nunca se apagou... Não é uma história linda?
...sempre...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Gostava de poder...

Há alturas da vida em que gostava de fazer o tempo andar mais depressa.
Num sopro, num piscar de olhos, avançar alguns dias, alguns meses, só para que pessoas de que gosto pudessem ultrapassar alguns dissabores sem mesmo notar, sem serem afectados pelas ondas de choque e destruição que algumas situações acarretam...
Infelizmente, não é possivel!
Por isso mesmo, por tal não ser possivel, tento mostrar que estou disponível, cada dia, cada minuto, cada segundo, de noite, de dia, seja a que hora for e em que lugar for, porque a amizade não tem hora nem sítio para acontecer... Ela acontece sempre que seja possível e sempre que um(a) amigo(a) de mim precise.
Quem precisa de saber isto (ou talvez seja eu que precise de garantir que o sabe) sabe para quem estou a escrever, por isso, não te esqueças, para o que for preciso, cá estarei para apanhar e reagrupar os bocadinhos como fizeste em tempos com tanto carinho. Espero estar à altura!
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Uma verdadeira amizade é como a fosforescência, resplandece melhor quando tudo escureceu - Tagore
O amor é cego, a amizade fecha os olhos - Blaise Pascal
...sempre...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Embora doa...

Nesta altura do ano, sou sempre invadida por uma necessidade de fazer algo mais.
Assim, além de uma contribuição à UNICEF (apesar de as fazer durante todo o ano, a que reservo para este mês tento sempre que seja um pouco superior), tento ver o que mais posso fazer para ajudar alguém a passar um Natal um pouco mais feliz.
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Recolho brinquedos pela casa, que ainda se encontram em bom estado, aos quais as minhas filhas já não dão atenção, para crianças que deles necessitem para saber que o "Pai Natal" não se esqueceu que elas existem; contribuo para todas as campanhas de angariação de alimentos que sejam efectuadas (novamente, algo que faço todo o ano) e tudo o resto que possa ajudar um meu semelhante a ter, nesta época, um bocadinho daquilo que consideramos um dado adquirido durante todo o ano.
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No Natal, somos também contemplados com diversas músicas dentro do espírito que nos fazem sentir ainda mais generosos e benevolentes para com o resto da humanidade.
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Neste âmbito, algum tempo depois de ter passado na RFM (minha rádio de eleição) uma música que gosto muito, dos Klepht - Por uma noite (actualmente, no "Sentir com música..."), saiu outra do mesmo grupo, que me chamou a atenção pelo tom algo tenebroso que acompanhava a melodia. A música em causa é "Embora doa", fala da nossa inércia em relação ás imagens de guerra e dor que vemos diariamente nos meios de comunicação social e aqui vo-la deixo para que possam ponderar um pouco sobre o assunto, (nesta época em que todos apregoamos a paz e o amor), tal como eu fiz...

...sempre...

sábado, 6 de dezembro de 2008

Tão perto, tão longe...

Por vezes, as coisas que mais queremos na vida, estão tão perto... e no entanto, tão longe...
Hoje, é claramente um destes dias, em que aquilo que mais quero está tão perto e no entanto tão longe...
Confusos? É normal, pois algumas coisas só a NÓS dizem respeito e só NÓS sabemos o que querem dizer...
E hoje, posso dizer que sinto um orgulho tremendo, pelo que vi, estou feliz por isso e no entanto insatisfeita, pois o que quero está tão perto... e tão longe!...
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"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo? "
Fernando Pessoa
...sempre...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Natal...

A continuar assim, estou a ver que qualquer dia, mal acabem as férias escolares (geralmente/essencialmente em Agosto), começamos logo a festejar o Natal...

Não me parece que este consumismo desenfreado seja a melhor maneira de ensinar aos nossos filhos qual é verdadeiramente o espírito do Natal, mas, temos que ser realistas e ver que somos poucos/pequenos para lutar contra um monstro que movimenta milhões de euros à custa de crianças influenciáveis e pais com um forte sentimento de culpa e pouco jeito para serem pais...

O que devemos então fazer? Desistir? Claro que não! Será que ainda não aprenderam nada com este meu blogue? Nunca desistimos!!! (mesmo que nos passe de vez em quando pela cabeça, afinal, somos todos humanos, certo?)

O que devemos fazer sim, é, para começar, ignorar (o mais possível), toda e qualquer alusão ao Natal até chegar o mês de Dezembro, que é, desde que me lembro ( pausa para o sarcasmo) o mês em que efectivamente se celebra o Natal...

Depois, façam dos preparativos (e não apenas o dia em si) uma festa diária de convivência e amor entre vós e os vossos filhos, afinal, esta época É para a família e a nossa família não são os nossos filhos???

Eu, ontem, apesar de ainda não completamente restabelecida, fui, tal como tinha prometido às minhas meninas, com elas fazer a árvore de Natal...
Ele eram partes de árvore de um lado, ele era bolinhas em monte e a saltar de um lado para o outro, ele era gritos e risos misturados cada vez que uma bola era retirada da caixa por uma delas em desprimor da outra, mas que nos divertimos, lá isso divertimos... Muito... As três... E o trabalho final está à mostra... smf 1 - consumismo 0... esta batalha ganhei eu...
...sempre...


segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Quando o passado volta...

Estive à alguns dias atrás nas instalações, ou melhor, nas novas instalações da filarmónica em que andei durante largos anos... Agora as instalações em que se encontra esta "casa" (perdoem-me a expressão, mas foi assim que a considerei durante muitos anos, a minha casa, onde ri, chorei, vivi, convivi, amei, enfim...tanta coisa), bem, mas voltando à dita "casa", ela é agora um multiusos em que fui inscrever a minha filha para aulas de dança (muito gosta ela de dançar).
Até aqui nada de novo, mas, quando fui inscrevê-la, encontrei lá um grande amigo dos tempos de banda, o Dimas... O grande amigo Dimas!
Um saxofonista dos tempos passados... Que eu já não via à tanto tempo...
As memórias que me trouxe... Lembrei-me dos tempos por lá passados, das emoções por lá vividas, das amizades entretanto perdidas (algumas, no entanto, reencontradas) e da vida... Da vida que continuou sem dó nem piedade e tanto que se perdeu...
Foi bom, foi muito bom voltar a ver o Dimas, falar com ele, reviver um bocadinho daqueles anos maravilhosos em que tanto bom aconteceu...Que saudades tenho daqueles tempos em que a vida ainda era o futuro e não o passado!
Sem penas... A vida vivida não deve deixar mágoas, deve sim deixar força para o futuro. E as minhas memórias dão-me tantas forças...sempre...

domingo, 30 de novembro de 2008

Dor excruciante...

A razão da minha ausência neste espaço deve-se pura e simplesmente a uma dor... Uma dor pungente e torturante que tem invadido o meu ser desde que sofri uma intervenção na passada terça-feira.
Primeiro, controlei esta dor através de medicação, forte medicação que me trouxe alguma paz e consolo... Mas depois, como diz o ditado, "não há sol que sempre dure nem fartura que nunca se acabe",os efeitos secundários da medicação tomaram em mim proporções nunca antes sentidas, fazendo-me balancear entre as dores da intervenção e os efeitos secundários da medicação.
Porque me dói tanto? Por vezes acredito estar a pagar por erros feitos em vidas passadas... Outras, acredito que se estou a passar por esta provação será porque alguém acredita que tenho forças para tal... Mas não tenho! Já não tenho!
Estou tão cansada de viver entre dores que por vezes sou invadida por uma vontade de tomar uma mão cheia de medicação misturada e finalmente, descansar...
Mas então, surge-me a memória das minhas filhas, e penso, qual seria a mensagem que estaria a passar para elas ao fazê-lo? Que, quando as coisas são dificeis demais devemos desistir?
Não, não quero ensinar-lhes isso... Quero sim, que elas aprendam que, quando as coisas se tornam dificeis, temos que perscrutar bem no ínfimo do nosso ser e encontrar forças onde pensávamos já não existirem...É o que faço diariamente...
Ao analisar o que correu mal nesta intervenção penso... Já sofri esta intervenção por outro médico e não foi tão penível de suportar, então, o que terá corrido mal desta vez???
Eu sei o que foi, mas não o vou aqui deslindar! Basta que eu saiba para evitar que volte a acontecer... Nestes dias já me passaram tantas ideias pela cabeça, umas boas e a augurar um bom futuro, outras nem por isso... por vezes, quando a dor aperta e já nem sei o que fazer, apetece-me desistir... Mas cá dentro, dentro de mim, algo não me deixa... Não é essa a minha essência...
Não consigo esquecer as palavras do médico quando lhe pedi algo para me ajudar a ultrapassar as dores (que eu já sabia que sentiria, apesar de desconhecer na altura a sua intensidade) - "Isso não dói! ", isto não dói?, pensei eu e refutei. Então porque agonizo eu de cada vez que tenho que passar por isso (esta mais do que as restantes, mas em todas elas)?
Há dois anos que luto contra o meu corpo... Estou cansada, desanimada e a precisar de força... Essa força há-de vir... Se não for por mais nada, será porque estou a precisar...sempre...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Esquecer...

Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida.
A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e o representar) entretêm.
A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono;
as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.
Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa.
Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

Fernando Pessoa, in 'Livro do Desassossego'

O amor depois da perda vê-se na dor; antes dela, no receio - António Vieira

...sempre...

Leis e injustiça...

Na passada sexta-feira tive um acidente...
Tecnicamente, provoquei um acidente. Eu devia ter imaginado que o meu fim de semana não iria melhorar; muito pelo contrário. Mas, munida da minha inocência (que por vezes adoro - não será agora o caso, mas...), lá fui eu convencidinha para o fim de semana que o pior houvera já passado.

Mas, voltando ao acidente, o que aconteceu foi que eu, estacionada que estava junto à escola da minha filha mais nova, ao sair do estacionamento, "resolvi" modificar a pintura não só do meu carro, mas também de um outro que tinha sido estacionado em contra mão e o qual não vi ao fazer a bendita marcha-atrás.

Como se inserem as leis neste contexto? Bem, é que, tivesse eu sido mázinha e podia ter chamado as autoridades ao local do crime mas, legalmente, a única coisa que poderia acontecer ao outro condutor seria mesmo levar uma multa por estacionamento indevido... E a pessoa (minha conhecida e pessoa simpática, por sinal), não merecia que eu o fizesse.
Onde está a injustiça da coisa? Eu explico... Eu estacionei o meu carro no estacionamento que existe efectivamente para o efeito, ou seja, o meu carro estava bem, mas, sendo o estacionamento algo inclinado, quando retiramos os carros do local, estando nós inclinados, mesmo que olhemos para os espelhos (o que faço sempre religiosamente), nada vemos caso haja alguma viatura estacionada no local onde se encontrava aquela (e ainda por cima em contra mão)... Mas, legalmente falando( e aqui acho uma injustiça), não há nada que impeça um condutor de fazer o mesmo que aquela pessoa fez, pois já sabe que, caso algo aconteça, será sempre o outro (que teve a audácia de estacionar no sitio devido) a pagar pelo sucedido... Justo, não?
Nada tenho contra a outra condutora, muito pelo contrário, vejo-a como uma mulher de força que passa diariamente algumas contrariedades que, não existissem e a sua vida estaria em muito facilitada.
E, devo mesmo confessar que, já por outras vezes me ia acontecendo (a mim e a outras pessoas que na altura mostraram a sua solidariedade para com a minha situação)... É, no entanto, a primeira vez que efectivamente acontece...
De toda a maneira eu também já sei que a vida de justa, nada tem... E o resto do fim de semana veio comprovar isso mesmo...Estou triste... Muito triste...

...sempre...

sábado, 22 de novembro de 2008

Adeus Lord, meu amigo!...

Adeus, meu amigo! Adeus, Lord!
Lord (1995-2008)
Sempre veio... Deu-lhe alguns dias a mais, é certo, mas por fim, lá completou os seus intentos e acabou por voltar (eu bem que andava a senti-la rondar...).
E ao fazê-lo levou consigo um dos meus melhores amigos... Um dos poucos apoios constante que tive em grande parte da minha vida adulta! O meu LORD!!!
Que falta me vai fazer... Chegar a casa e não o ver a colocar-se propositadamente à frente do carro, só para me fazer sair e cumprimentá-lo além de retirá-lo) antes de continuar a minha rotina; obrigar-me a fazer marcha-atrás, só porque não lhe apetecia sair da frente do carro... Ele sempre teve um feitiozinho especial...Mas eu sempre gostei muito dele. A sua felicidade cada vez que eu chegava junto a ele... O facto de ele vir aninhar-se junto a mim na cama, no tapete no chão da sala, na relva, onde quer que me visse deitada, lá vinha ele encostar-se a mim, fazer-me companhia e dar-me miminhos...
Como eu adoro este cão...adorava...nem sei bem como me referir a ele agora... Sinto-me como se parte de mim tivesse sido arrancada...

Haverá muitas pessoas que podem achar isto ridículo, mas para mim, cada um dos animais que tive, tenho, ou ainda terei, entram para a família e acabam por se tornar membros da mesma. Daí que, de cada vez que um deles morra, seja um membro da família a desaparecer...
E o LORD estava comigo à 13 anos... Mais de uma década a ser meu amigo fiel, a dar-me um amor incondicional... enfim, a ser ele próprio...
As saudades que vou ter dele... Mais uma estrelinha lá em cima, menos um amigo cá em baixo... O céu está a ficar estrelado às minhas custas...

...sempre...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Titi...

Já tenho este texto feito à dois dias. Cheguei mesmo a tê-lo publicado, no entanto, não consegui manter dois textos com sentimentos tão antagónicos juntos, (este texto - tão triste para mim - e o texto da festa da minha filha - repleto de alegria).
Mas agora, é chegada a altura de publicar a mensagem que escrevi e que sei que, apesar de só agora ser publicada, à muito chegou ao seu destino:
- A ti, Titi, um grande beijinho!
"Foste embora sem eu me despedir, deixaste-me com o coração destroçado!
Todos os dias são de saudade, saudade do colinho com que cresci, as lágrimas que não me deixavas verter, saudades do teu carinho, saudades de ti!
Conheci um amor incondicional e assim o retribuí, mas, de repente, deixei de o poder fazer. Sei que me observas de cima, que me acompanhas e me dás força quando fraquejo, mas pergunto, porque não podias fazê-lo junto a mim? Porque tiveste de partir?
Acabei por nunca te perguntar se eras feliz, criaste os filhos dos outros como se dos teus se tratassem (como muitos pais verdadeiros não o fazem), mas nunca te perguntei se tinhas pena de não ter os teus próprios ou se te bastava ter a quem amar... E como o fazias bem...
Por vezes, quando penso na morte que para todos é certa, encontro-me a sorrir, só porque SEI que, quando a hora chegar, tu lá estarás para me receber, encaminhar e novamente amar.

Nem sei porque te estou a escrever isto hoje...
Talvez por estar perto a data da tua partida, talvez por olhar mais para o céu nos últimos dias e lá encontrar sempre a estrelinha que és agora, não sei... Só sei... que sinto a tua falta quando tanto havia ainda para viver...
Disse e mantenho, sempre foste a minha favorita e és sem dúvida aquela que me faz mais falta...

Saudade, Titi...sempre..."
...sempre...

Alma...

Alma incompleta,
Procura a luz mas não a encontra
Em tempos vista, sempre sentida
Visão do céu, vazio imenso
Estrelas que brilham sós
brilho que falta, que se sente, permanece
Força que mantém
Sentimento inquieto
Triste calma, vem lá a desdita
A Alma dissipa-se
mas nunca se apaga!

...sempre...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A festa ...



No passado sábado, foi a festa da minha pequena.
Estava tão cansada no fim do dia que nem consegui vir aqui escrever nada sobre a festa, mas correu tudo muito bem.
Durante estas festas, há sempre algumas coisas que na teoria parecem boa ideia, mas que na prática se revelam algo...diferentes.
Eu tive uma dessas ideias luminosas para este dia especial. Achei que seria divertido para as crianças pintarem as suas próprias bolas, estrelas e sinos de Natal, além de que seria uma boa recordação para eles levarem para casa...
Na teoria, bom, não acham? Pois... Na prática, 15 crianças, de volta de um balde de tempera e tinta mármore talvez não seja a melhor ideia.
Mas, tirando a roupa de algumas crianças que insistiu em mudar de cor (vá lá entender-se como...), todos eles vibraram nesta altura da festa... Claro que, neste momento, haverá alguns pais a pedir aos seus advogados uma providência cautelar para que eu não me aproxime a menos de 100m dos seus filhos depois da maneira como os enviei para casa (com uma indumentária nova...)
E, como eu me diverti imenso só de olhar para eles, acredito que eles se tenham divertido a passar por aquilo tudo...
Escusado será dizer que a minha filha adorou a festa (aliás as duas adoraram, ainda que a estrela do dia fosse a mais velha) e, se não fosse por mais nada, só por isso já tinha valido a pena...
E digam lá que os pequenos não estavam lindos?...

...sempre...

Inocência...

Cheguei à pouco a casa vinda de mais uma aula.
Que bem me fazem estas aulas, com amigas, em que se aproveita e se aprende alguma coisinha pelo meio.
Quando saía do pseudo-estacionamento em que tinha "enfiado" o meu carro, deparei-me com algo que irei transcrever de seguida; sendo um género de graffiti, não posso identificar a fonte e, apesar de não concordar com o grafitti, por achar uma falta de respeito para com a propriedade alheia, achei o que estava escrito interessante.
Via-se que foi escrito por um(a) jovem inocente, cheio(a) de sonhos, que ainda acredita que tudo é possivel e cuja experiência de vida ainda não lhe permite ver que a vida real nem sempre é assim.
Posto isto:

Há 4 coisas essenciais na vida:
Amar, sofrer, lutar e vencer;
Quem ama sofre, quem sofre luta, quem lute vence,
Por isso ama o máximo que puderes, luta até teres força, sofre o menos possível e assim vais vencer sempre…

...sempre...

sábado, 15 de novembro de 2008

Histórias, lendas ou simplesmente lições de vida...

Ao ler uma história que envolvia uma aldeia e a sua "generosidade" para com o seu pároco, (que por acaso não me era de todo desconhecida), logo me veio à memória uma outra que o meu pai costuma contar , penso eu que no espírito de entreajuda e no não esperar que tudo nos caia no colo sem esforço...
Se o é ou não, eu assim o entendo, acredito que outros entendam esta história de outra forma.
A história é, acredito mas sem teimar, verídica e aconteceu há alguns anos...
Como qualquer história que se preze, começa assim:
Era uma vez, um senhor chamado Oliveira. Este senhor, já reformado, continuava com os seus afazeres de uma vida no campo. Labuta nada fácil e no entanto muito aprazível para o senhor.
Este senhor tinha, como tantos outros das aldeias em começo de desertificação, um filho que estudara, namorara e finalmente casara em Lisboa lá tendo permanecido com a sua esposa e filhos.
No entanto, como ainda hoje se verifica por este Portugal, em tempo de colheitas, lá vinha o bom filho contabilizar os lucros e resgatar o seu quinhão.
Farto de tal atitude e falta de apoio por parte do filho que apenas aparecia em visita quando houvesse, no horizonte, possibilidade de algo levar, resolveu o esforçado senhor ripostar perante a próxima semelhante e ousada atitude do filho...
Quando chegou a altura de vindimar, o senhor, sempre sem apoio do filho(contando sim, com o apoio do povo da terra - muito habitual ainda nos dias que correm), lá conseguiu fazer uma farta vindima.
Após engarrafar o precioso néctar ( que reflectia na sua qualidade todo o cuidado tido ), com todo o trabalho que tal exigia, eis que surge novamente o "carinhoso" filho, com a desculpa de visita aos progenitores...
Visita curta e a demonstrar pouco interesse nos próprios ascendentes, antes da hora de partida, eis que surge a pergunta:
- Não há, meu pai, por aí umas garrafitas de vinho para levar?
Era chegada a hora! Como tantos o fazem (o meu avô fazia), saca o Oliveira do livrito onde escrevia religiosamente todo o trabalho e custos que tivera no seu campo e começa então a ler a parte que mencionava a vinha:
- "O Oliveira mondou, o Oliveira vindimou, o Oliveira pisou, o Oliveira engarrafou" - e concluíu com " Não, meu filho, o teu nome não está aqui".
Para mim, uma lição de vida, para vós... Deixo ao vosso critério...
...sempre...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Lua Cheia...

Aproveito esta magnífica noite de lua cheia para dedicar a todos os que, como eu, amam, amam muito, o seguinte:

e, a quem ainda faltar um bocadinho de paixão...

...sempre...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Quase no fim...

Está quase a chegar ao fim este dia tão especial!
Neste dia de S. Martinho, presenteámos a criançada com uma visita ao Oceanário de Lisboa e apresentámos-lhe um novo amigo, a mascote do Oceanário, o Vasco!


Foi, acho eu, a primeira vez que dei um presente não palpável a alguma das minhas filhas, mas a resposta... Bastou olhar para os seus olhos para saber que qualquer presente que eu lhe viesse a dar não surtiria o efeito deste!
Lá fui lendo as legendas dos tanques pelos quais íamos passando e elas iam delirando com a vida que se pode encontrar no fundo dos Oceanos...
Até eu descobri algumas coisas que desconhecia, mesmo já lá tendo ido no passado... Como por exemplo, existe um peixe (enorme, por sinal) que pode chegar a ter 3m de comprimento e pesar 2 ton.
Claro que, com estas características tinha de ter um nome todo pomposo... pois é, o peixinho chama-se Peixe-Lua, e é tão somente o figurante da primeira foto que aqui apresento...
Foi um dia diferente, em que as minhas princesas souberam portar-se à altura...
Mais uma vez... Parabéns, princesa!
...sempre...

S. Martinho...

Anos atrás, neste dia mágico, conheci a minha princesa mais velha... Descobria eu os segredos da maternidade... E, assim nascia a primeira túlipa do meu jardim!
A ela, com quem espero mais tarde vir a partilhar este blogue e quem sabe incluir até algo da sua autoria,(não querendo negligenciar a irmã, obviamente) deixo aqui a lenda de S. Martinho, o Santo do dia em que ela "escolheu" nascer... Parabéns, meu amor!
Martinho era um valente soldado romano que regressava de Itália para a sua terra. Montado no seu cavalo, estava a passar num caminho, para atravessar uma serra muito alta, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, havia muito vento, chovia imenso. Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam. De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio a pedir esmola.
Infelizmente, Martinho nada tinha para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre. Nesse momento, as nuvens e o mau tempo desapareceram. E surgiu um belo dia de verão! Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom. É por isso que todos os anos, nesta altura do ano, mesmo sendo Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São Martinho.
Beijo grande neste dia tão especial, Princesa! Tu foste o meu primeiro milagre!
...sempre...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Isolamento...

Acabei de saber de uma situação que me deixou algo triste...
A minha filha vai dar uma festa na próximo sábado. Como tal, dei-lhe liberdade para fazer ela mesma a sua lista de convidados... Até aqui, nada de novo... O que me veio chocar foi o facto de ter chegado ao ATL para ir buscar a minha filha e a rapariga que lá estava com os miúdos me ter chamado à parte para me pôr ao corrente de uma situação... Afinal, a listinha da minha filha contemplava todos os coleguinas da turma...
Todos?!?! Não, excluía unica e simplesmente uma coleguinha... Uma menina que, aparentemente já vinha a ser excluída dos tempos de creche. Uma creche onde a minha filha não andou, mas de onde vieram alguns dos seus coleguinhas. Não tendo lá andado, foi convertida tal e qual como os que lá andaram... e aparentemente, sem oferecer grande resistência! Não sei se foi por já ter sido eu própria a excluída, mas odiei saber isto!
Foi-me dito que a menina, ao ver os convites a serem distribuídos e ver que não havia um para si, começara a chorar... pobre criança, como eu a entendo...
Claro que, assim que cheguei ao carro, falei com a minha filha e perguntei-lhe se tinha entregue convite a todos os seus coleguinhas, ao que ela me respondeu que só não tinha entregue áquela menina.
Perguntei-lhe porquê e ela respondeu-me que se tinha esquecido do nome da menina... Será verdade??? Duvido muito, mas seja como for, após perguntar à minha filha se ela gostava que alguém desse uma festa e se "esquecesse" de a convidar e explicar-lhe que devemos dar-nos bem com todos e neste caso, brincar com todas, combinámos que amanhã eu iría à escola, com um convite, e iria pedir desculpa à menina e dizer-lhe que o convite dela tinha ficado no carro, mas que ela estava convidada para a festa...
Eu sei que é uma mentira, mas acho que é aquele tipo de mentiras que não magoa ninguém e pode ajudar a impedir que a auto-estima daquela menina fique de alguma forma afectada, por achar que tenha sido excluída daquela forma...
Como eu lamento não ter perguntado os nomes de todos os meninos da turminha antes de ter entregue os convites... Mas agora aprendi... Temos que aprender com os erros...
...sempre...

A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas - Carlos Drummond

domingo, 9 de novembro de 2008

Aiiiii!....

As dores ligeiras exprimem-se; as grandes dores são mudas -Séneca
Até amanhã!
...sempre...

sábado, 8 de novembro de 2008

Explicar aos mais novos...

Há determinadas coisas que se tornam difíceis de explicar às crianças... Eu deparo-me com essas dificuldades sempre que alguma das minhas filhas me pergunta" o que é isso?" ou " o que significa isto?".
Na realidade, como explicar a uma criança determinada coisa usando vocabulário que estas entendam?
Conheço uma pessoa que faz com que isso pareça tão fácil... mas, pelo menos para mim, não é assim tão simples!
Temos que fazer uma introspecção e procurar bem nos recônditos da nossa alma uma explicação que, além de facilmente assimilável, dissipe toda e qualquer dúvida em relação ao assunto, pois, mais assustador ainda do que a pergunta "o que significa isto?" é a resposta à pergunta "Entendeste?" ser pura e simplesmente "NÃO!".
Quando relia , um destes dias, uma revista da qual sou assinante, (re)encontrei uma situação real, que retratava perfeitamente o que acabei de relatar e a qual pensei logo em aqui colocar.
Vou transcrevê-lo na íntegra e deixar-vos concluir se concordam ou não comigo...
" Como professora de Geografia, deparei-me com algumas dificuldades para conseguir que uma turma compreendesse um assunto que me parecia acessível - a humidade atmosférica e o ponto de saturação. Resolvi dar o seguinte exemplo: a atmosfera é como se fosse um saco em que vamos pondo laranjas «quando já não cabem mais laranjas, o que é que acontece?»
As respostas foram variadas, o que me deveria ter alertado para o perigo iminente: «o saco rompe-se», «temos que arranjar outro saco» ou « as laranjas a mais caem no chão».
- Exactamente - retorqui. - É o que acontece com a atmosfera; quando já não comporta mais humidade, atinge o ponto de saturação e a humidade em excesso precipita-se.
No teste final, pedi a resposta à pergunta:
« O que acontece quando a atmosfera atinge o ponto de saturação?»
O meu desgosto foi profundo. Cerca de 90% da turma respondeu: « Chovem laranjas.»"
Maria Pereira in Selecções do Reader's Digest - Março 2008
Ser educador nem sempre é fácil, não é?
...sempre...

O tempo...

Adorei esta citação que a t tinha no seu messenger. Aliás, até lhe disse que ia pegar nela e colocá-la no meu blogue:
"O tempo é o único capital das pessoas que têm como fortuna apenas a sua inteligência" - Honoré de Balzac
O porquê de ter gostado desta citação? É óbvio, penso eu, a sua simplicidade e o facto de ser verdade!
Mais logo, vou sair... tecnicamente, vou andar...andar toda a noite... Acompanhar umas pessoas numa viagem espiritual!
Já me fui certificar que a Lua vai lá estar a acompanhar-me pois hoje o céu está limpo e ela brilha como costuma nos últimos tempos, por isso, não me deverá faltar a força!
Mas isso, só poderei confirmar amanhã, e já estamos a falar do futuro, e como costumo dizer, do futuro...falarei no futuro...sempre...

Cenários e sonhos...

Já estava farta de estar na cama... Habituada a levantar cedo, nem no fim de semana consigo deixar de o fazer (bem gostava, mas...esses tempos já lá vão...).
Assim, levantei-me e fui ver um filme que tinha alugado ontem no clube de vídeo e que já andava a "namorar" à algum tempo.
O filme chama-se "Padrinho...mas pouco", na sua versão original "Made of honour", com Patrick Dempsey e Michelle Monaghan.
Uma comédia romântica, bem ao meu estilo (os meus favoritos), que me agradou imenso, mesmo porque o final coincidiu com a minha vontade (o que nem sempre acontece e me deixa extremamente frustada).
Mas, o que mais me marcou no filme foram as lindíssimas paisagens da magnífica Escócia (Ainda não desisti de lá ir - à Escócia e à Holanda ver aqueles magníficos campos de túlipas).
Aqueles campos verdejantes, os castelos quase a flutuar nos lagos azuis, aquela comunhão com a natureza e até mesmo a própria cultura e os costumes... Enquanto assistia ao filme competamente embevecida, logo tratei de lá me imaginar, aquela magia como cenário, nos braços do meu Amor, num beijo envolvente, quase que o conseguia sentir, imaginei uma daquelas cenas que só vemos nos filmes... Mas a minha envolvia pessoas BEM reais... Como é bom sonhar...
É incrivel a forma como algumas coisas nos conseguem abalar, marcar e sobretudo, pôr a sonhar... Um filme, uma carta, uma Música, um Telefonema, um Blogue...enfim...tanto...tantas vezes...sempre...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Desilusão...

Costuma ouvir-se dizer à pessoa ofendida, após uma zanga e/ou alguma acção mais controversa - " E logo ele que era como um irmão para mim...". Agora, mais grave que isso é quando o que aconteceu envolve alguém que É efectivamente o nosso irmão...
Doeu, eu até digo mais, eu não merecia!... Por tudo o que fiz por ele, por tudo o que já abdiquei por ele, pelo que já me prejudiquei por ele (a mim e em tempos as minhas filhas), por tudo...
Quando vim de França, ele foi o meu único apoio, a única referência que eu tinha, considerando que tudo o que eu conhecia até então me tinha sido naquele momento retirado. Fomos crescendo e uma relação algo amarga (penso que comum entre irmãos), foi-se transformando numa crescente amizade e até mesmo igualdade de gostos, até que chegámos a uma altura que mais parecíamos gémeos siameses que propriamente apenas irmãos... Por diversas vezes, ouvi colegas de curso a dizer que não era habitual falar dos irmãos da forma como eu o fazia, com um carinho e espírito de protecção tão acentuado... Mas assim era... E assim se manteve...até hoje...
Houve até alturas em que, em conversas banais com pessoas que não o conheciam, me perguntavam quantos anos a menos é que ele tinha, tal era a forma protectora que eu usava quando me referia a ele, e achavam piada quando eu dizia que ele era, na realidade, mais velho...
Já há algum tempo que as coisas se vinham a alterar e hoje... Bem, hoje deu-se um passo em frente... O problema é que em frente havia um precipício... Ora, que eu tenha tido conhecimento, nunca ninguém sobreviveu a uma queda num precipício... Eu não merecia... E agora, só me resta, juntar os bocadinhos e continuar... Mas sem ele...
E sinto que hoje, algo em mim quebrou, morreu... Considerando que também não me agrada muito a pessoa em que ele se tornou, não faço grande questão em recuperar o elo perdido... Mas não é por isso que vou deixar de viver...sempre...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O eu que sou...

Quando algumas pessoas me dizem que sou uma pessoa bem formada, com um nível de cultura muito bom, tenho sempre o medo de achar que, caso fosse possível a essas pessoas conviver comigo diariamente, viver comigo, mais dia menos dia, fossem considerar-se defraudados pelas expectativas que tinham de mim, do que achavam que eu era e sabia, ao invés de quem sou e do que realmente sei...
Na realidade, conheço algumas pessoas que, essas sim, sendo na sua maioria autodidactas, possuem um conhecimento invejável do mundo e das coisas, de todas as coisas sem especificar, estando à vontade para encetar ou abordar qualquer tema sem nunca pestanejar... Admiro pessoas assim...
Lembro-me neste momento de alguém que, desde a história antiga, passando por filosofia, psicologia , literatura, contabilidade, Direito e mais importante ainda, a escola da vida, tem um vasto conhecimento que eu simplesmente poderia almejar, sem nunca ter capacidade de o obter realmente...
Outra há que, com um conhecimento variado de poemas e autores, com um vocabulário de fazer corar qualquer professor da língua Portuguesa, se atreve a dizer que lhe faz falta um curso superior... Financeiramente, acredito que sim, que lhe trouxesse vantagens, mas em conhecimentos... Não... De todo...
Para evitar essas ilusões, passo a vida a dizer às pessoas que não sou exactamente como me idealizam...
Mas, que gostava de ser como sou aos olhos de algumas pessoas, isso gostava...sempre...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Está frio...Mas não neva...

Sou friorenta, confesso ...muito friorenta...
Se não saio de casa todos os dias (frios, claro) embrulhada num cobertor é apenas por não ser socialmente aceite assim como, convenhamos, nada prático...
Nestes dias frios, só apetece efectivamente embrulhar-se num cobertor, de lareira acesa, envolta pelos braços da pessoa amada e sentir o seu abraço quente, sentir o calor do seu amor e deixar a temperatura subir... como por magia... Sem qualquer explicação aparente...
Algumas pessoas perguntam-me como é que, sendo francesa, me deixo afectar tanto pelo frio, considerando que o clima em França é mais frio!
Não, não é! Deixem-me desde já desfazer esse mito... Na realidade, mesmo que as temperaturas sejam, por esta altura, mais baixas em França , em Portugal há uma coisa que, ao contrário de lá, não se resolve com um bom casaco. O que é isso? A humidade... Essa humidade que se entranha pelos ossos, pela pele, que nos enregela até a alma e que nos impede de manter uma temperatura corporal aceitável...
No entanto, (e aí acho que tive muito azar em vir parar ao centro do país), há uma coisa com a qual privei durante alguns anos e com a qual não tenho o prazer de conviver desde que habito nesta zona do país... A neve...
A realidade é que, por mais frio que aqui esteja, apenas por duas míseras vezes tive o prazer de ver um tímido manto branco aqui nesta zona... E ao pensar nisto e no que já vivi, sou assolada por uma nostalgia...
Confesso que me fazem falta os Natais brancos, os bonecos de neve com uma cenoura a fazer de nariz, um chapéu e cachecol velhos, duas pedras a fazer de olhos, as bolas de neve que inevitavelmente acabavam por nos acertar, por mais que nos desviássemos... Só mesmo quem viveu estas experiências para saber do que estou a falar...
Tivesse eu (por alguma razão) ido "parar" ao norte e pelo menos poderia (aceitando melhor o frio) deliciar-me com esses momentos na neve que acabam também por ser de comunhão e união com os filhos...

Mas ainda levarei as minhas filhas à neve, ainda hei-de rebolar com elas pelo manto frio e branco numa qualquer ribanceira das terras altas (como na foto acima) e assim, por mais um bocadinho... (re)viver...sempre...

sábado, 1 de novembro de 2008

Os que já foram...

O dia de hoje foi emocionalmente esgotante para mim!
Tal como milhares de pessoas, também eu costumo, neste dia (além de em outros), efectuar um ritual, uma rotina, que consiste em visitar os que já cá não estão, sentir que, de alguma forma que não consigo explicar, estou mais próxima deles...
Mas, como qualquer faca de dois gumes, para esta sensação vem, inevitavelmente, o sentimento de perda inerente à situação em si.
Enquanto que o sentimento geral seria de nostalgia e saudosismo, eu enfrento também um misto de tristeza e revolta...
Revolta pelo meu "irmão" Zé Paulo não poder viver grande parte das alegrias da vida (e tristezas que também lhe fazem parte e nos fazem viver), revolta por nunca às minhas filhas ser possível conhecer uma grande senhora (minha Titi) que ajudou à criação da pessoa que sou hoje e que ainda hoje me falta como se ontem mesmo a tivesse visto pelo última vez... Sei que as minhas filhas iriam adorá-la, tal como eu ainda o faço...Ela era um iman para as crianças... E as crianças não se enganam, reconhecem as almas puras e boas.
Tristeza pela vida de um amigo que não teve força para dizer não às drogas (poderia eu ter feito algo mais para impedir isso???), por um primo amigo (ainda que não directo, eu gostava dele) que morreu sem que eu soubesse, tendo acabado por ter conhecimento da sua fatalidade acidentalmente ao visitar a sepultura do meu amigo e lá tendo visto a sua foto numa sepultura a pouco mais de um metro... Foi um choque descobrir algo desta magnitude desta forma...
Tantas vidas perdidas, tanta coisa por viver...
Uma das coisas que me irrita nestes dias "especiais" é o facto de nem nestas datas a maledicência tirar folga, acabando por se ouvir um pouco por toda a parte "Olha o que aquela está a fazer... Acreditas nisto que fizeram...Isto e Aquilo..." quando, na realidade, deveríamos estar todos solidários, afinal neste dia, todos sofremos pela mesma causa, a perda de entes queridos...
Saí e como estava um pouco abalada, dirigi-me ao meu "cantinho especial" para carregar baterias, para sorver a paz que flui naquele local... O sol, os passarinhos que desafiam o frio e entoam cânticos calmantes, enfim, a magia que sinto naquele local. Fui para me sentir melhor e assim fiz e aqui estou... pronta para seguir em frente... Como puder... sempre...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A imagem reflectida...

Olho, não gosto do que vejo
Vejo, mas não reconheço
Onde está a imagem que corresponde à alma?
Porque se distorce quando olho para o espelho?
Não a reconheço porque lá não me revejo
A mim, o meu eu verdadeiro que poucos conhecem
Nada tem a ver com a imagem reflectida
Nada tem a ver com a visão distorcida
Do que fui em tempos e hoje mais não sou
a imagem real é aquela
Os tempos foram passando
As imagens foram mudando
A visão interna está afinal, distorcida
Triste fim para concluir
E atinge bem no meio da alma
Hoje não é um dia bom...
...sempre...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Enganos...

Vi à algumas horas um programa ao qual costumo assistir sempre que posso. O programa é feito por um psicólogo mundialmente conhecido (Dr. Phil) e apresenta situações que, (muitas vezes custa a admitir), nos são muito familiares...
Não será este o caso (a situação em si), mas o medo (do que aconteceu) não me é de todo desconhecido...
Falava-se de uma mãe que, quando a filha tinha apenas 7 anos, fez queixa do seu marido às autoridades por achar que este abusava da sua filha. O que aconteceu a seguir invoca o maior dos meus medos...
Ao pensar que protegia assim a filha de um mal maior, esta mãe viu o seu maior bem ser-lhe retirado sob a acusação de alienação parental... Assim, ao invés de poder continuar a proteger a sua filha, viu-se inibida de o fazer por ordem judicial, tendo a guarda da criança sido atribuída ao pai (o pai que, efectivamente mais tarde, se veio a provar que as acusações eram reais).
10 anos de batalha judicial valeram àquela mãe a volta da sua filha, mas, como ela própria dizia, tinham-lhe levado "um anjo de 7 anos e tinham-lhe devolvido uma adolescente revoltada de 17 anos".
Em que se baseia o meu medo? Nunca na primeira parte pois EU SEI, sem ponta de dúvida, que quando as minhas filhas estão com o pai estão seguras (longe de mim passar-me sequer essa ideia pela cabeça). Não, o meu medo vem dos erros judiciais que se cometem... O meu medo é que, a qualquer instante, por qualquer razão, podemos ver-nos privados dos nossos bens mais preciosos (os nossos filhos) ou até mesmo da liberdade (já não é inédito no nosso país) para, mais tarde, se chegar à conclusão que não havia razão de ser... Até onde pode, por exemplo, uma queda acidental ( tão frequente em crianças) fazer-nos perder o bem familiar e a harmonia por causa de um funcionário extra-zeloso (sem se preocupar com a realidade da situação ou sequer indagar o que teria acontecido) que tira as suas próprias ilações e dá inicio a um processo contra nós que afinal, tudo fizemos para salvaguardar a integridade e felicidade das nossas crianças.
Falo, obviamente de um medo, pois nunca me vi numa situação deste género, mas são cenários que, numa altura ou outra da nossa vida acabamos a imaginar (penso eu).
Isto tudo, aliado a um advogado sem escrúpulos, dá acesso directo a uma vida de infelicidade e perda. Espero e acredito que, pelo menos os novos advogados que se formam neste momento (além de alguns que já exercem neste momento e possuem as capacidades que descrevo a seguir) sejam detentores de sensibilidade, integridade e interesse suficiente para saber distinguir quem efectivamente é nocivo de quem não é. Tenho a certeza que, no meio dos milhares que neste momento seguem esta via, há pelo menos um que é assim e é isso que o nosso país precisa para poder avançar em paz e segurança...sempre...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Força...

Curiosa esta coisa da força... Quando achamos que já não temos mais, acabamos por encontrar mais um bocadinho em nós... Nunca pensamos que somos fortes o suficiente para aguentar o que estamos a passar, mas, quando chega a hora da verdade, lá vem mais um bocadinho de força para aguentar o que, antes achávamos insuportável...
Tenho visto, da parte de muitas pessoas, provas de que a força vem a cada um de nós à medida que nos é precisa... Mas vem sempre... E a única condição para que tal aconteça é... ACREDITAR...
Temos que saber (e querer) acima de tudo que, quando a força nos começar a faltar, haverá um reabastecimento da mesma pelas nossas forças internas, pois essas, enquanto acreditarmos, serão infindáveis!
Por isso não deixo algumas pessoas desistir, por isso acredito mais nelas do que elas próprias, porque sei e acredito que, quando as forças lhes começarem a faltar, podem virar-se para si próprias ( e para mim também, claro está) que lá haverá mais um bocadinho da força que precisam para que sejam bem sucedidos nos seus intentos...
A fraqueza da força é só crer na força - Paul Valéry
Sempre que precisem, sempre que comece a escassear a força em vós, basta acreditarem, porque eu... acredito ...sempre...


domingo, 26 de outubro de 2008

Pia do Urso...

Ontem fomos visitar um local maravilhoso ... A pia do Urso...

A Pia do Urso é um espaço de uma aldeia típica em S.Mamede - Batalha, que foi reaproveitado , tendo-se construido no local um parque temático / sensorial (adaptado a invisuais), acompanhado de um circuito pedestre. Espectacular para crianças... As minhas adoraram...
Desde o sistema solar em 3D, até as fases da Lua (essa adorei eu, claro está), passando por uma nora d'água, o circuito da água, diversas pias temáticas e também um espaço de brincadeiras para os miudos, um espaço musical... Enfim, espectacular...
Durante o percurso podem observar-se diversas formações geológicas com um aspecto de "pias" - onde, aparentemente, em tempos passados, os ursos bebiam água; daí a origem do nome deste local: Pia do Urso.
Desde os aspectos lúdicos até á própria envolvente, este é um local de referência para levar miúdos e graúdos a passar algumas horas de bom lazer e alguma aprendizagem...
Recomendo vivamente e para os ajudar a encontrar o sítio, aqui está o link que vos dirá o que precisam saber...
Quem for de longe, pode alugar uma destas casinhas típicas por alguns dias a um preço, não excepcional, mas diria que... cómodo para uma experiência...
...sempre...

Sonhos...

Hoje tive um sonho lindo... Enquanto me lembrar dos detalhes e das sensações que me proporcionou o meu sonho, andarei no mundo da lua...
O que gosto nos sonhos é o facto de não haver impedimentos, vive-se como se quer viver, faz-se o que se quer fazer e geralmente (se o sonho for bom) o sucesso a todos os níveis é possível... Estive recentemente num lugar (real) muito especial para mim em busca de força, hoje, essa força veio em meu "auxílio"... Não, não vou falar sobre o meu sonho, pois esse é meu, só meu... e tentar explicá-lo seria conspurcá-lo... Não quero fazer isso... Quero manter no meu corpo a sensação que tive enquanto sonhava, a felicidade que sentia enquanto o fazia...E quem sabe, no futuro, algumas daquelas coisas que no meu sonho me fizeram tanto bem, sejam possíveis, mas desta vez, na realidade... Mas do futuro, falarei no futuro, hoje, no entanto, (apesar de não esquecer uma pessoa que neste momento sofre)... estou feliz!
"Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso" - Fernando Pessoa in "Livro do Desassossego"
...sempre...

sábado, 25 de outubro de 2008

Raiva...

Ontem, quando cheguei a casa, só me apetecia descarregar uma raiva imensa aqui no blogue... Mas achei que devia acalmar primeiro e hoje, depois da raiva inicial passar, colocar então os meus pensamentos a nu...
Mas a raiva afinal ainda não passou... E nem sei se passará... Alguém, que mal conheço, fez sofrer alguém que tenho como uma irmã... E isso eu não perdoo... A mim, façam o que quiserem que mais dia menos dia a coisa passa, agora, à minha "família", não...
Vi lágrimas em alguém forte demais para as verter, vi sofrimento em alguém que merece apenas sorrir, sorrir muito 24 horas por dia, 7 dias por semana... E nada pude fazer... Apenas apoiá-la... E isso tentei...
Gostava de poder fazer mais, muito mais, mas...
O que mais me custa, afinal, é que este personagem (neste momento é o melhor que lhe consigo chamar) ainda consegue (sabe-se lá como) pôr a minha Amiga a duvidar de si própria, das suas qualidades, de toda a sua beleza interior (a exterior está à vista por isso é intocável). Isso entristece-me... Que poder é esse que a impede de ver todas as suas qualidades, a sua bondade, a sua genuína amizade para com os outros???
TU, sim TU, és muito melhor que isso, tu vales muito mais do que o que pensas de ti depois da sua intervenção, e tens que saber, (lá no fundo acredito que saibas), que se alguém aqui não presta é ele ( se não fosse por mais nada, só pelo que te fez e faz sentir já seria suficiente), que te ignora ( a ti e ao teu bem mais precioso), que te maltrata, enfim, que te faz infeliz... Não te deixes manipular, decide o que é melhor para ti, tens que ser feliz, tens o direito (mesmo a obrigação) de ser feliz...
A vida não é isso, amiga, tens tanta gente a querer o teu bem... Solta as amarras, tens uma vida inteira de felicidade à tua espera... Deixa-a vir...
"Serás amado apenas quando puderes mostrar a tua fraqueza, sem provocar nenhuma força" - Theodore Adorno in Minima Moralia
..sempre...

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Histórias reais...

A história que vou contar é real. É real e assisti a ela na primeira pessoa, hoje, ao levar a minha filha mais nova à escolinha... Lá estava eu com ela, a deixá-la para ir trabalhar quando vejo um pequenino de aproximadamente um ano, um ano e pouco vestido apenas com um body e uns collants. Não liguei muito, mas chamou-me a atenção aquele bebé com aquela indumentária. Tendo havido não só ali, mas um pouco por toda a parte um surto de gastroenterite logo associei que a criança tivesse vomitado e, por uma razão qualquer não tivesse uma muda extra de roupa lá na escolinha (chegou a acontecer á minha pequenina pois num só dia, vomitou duas vezes o que fez com que se acabassem por lá as mudas de roupa).
Mas não, por muito assustadora que fosse esta versão, não sei até que ponto não seria preferível à triste realidade que acabei por conhecer. A criança tinha sido entregue pela própria avó (geralmente tão doces, zelosas e até mesmo mais pacientes que nós, como pais) saído directamente da cama para o carro (sem casaco ou cobertor a cobrir o seu corpinho) e do carro para o infantário... Assustador saber que, quando perguntaram à avó assim que ela chegou se não tinha sequer um casaquinho para o menino (não sei como estava o tempo no resto do país, mas aqui nesta zona estava um gelo de manhã) ela respondeu "no carro estava quente e foi só sair do carro e entrar para aqui"... MAS QUEM É ESTA GENTE????
Uma criança que, vim a saber pouco depois, tinha estado doente (também não houvera escapado ao surto) e estava agora muito constipado e a própria avó, ao entregá-lo dissera "Eu já devia estar em Lisboa, a roupa dele está aí na mochila, vistam-no..." P***... A criatura nem tinha tido a decência de mudar a fralda ao menino, trazia uma fralda que parecia que tinha acabado de mergulhar no mar (não sei se já viram como ficam) completamente inchada e quase a chegar aos joelhos do menino... Eu nem queria acreditar que alguém, que tivera o bom senso de escolher aquele infantário (como terá acontecido?!?!), privado, seguro e um dos melhores da zona (claro que sou algo suspeita, mas digamos que tem uma muito boa reputação), fosse capaz de uma aberração destas e nem se preocupasse com o bem estar do próprio neto...
Na altura lembro-me que sairam da minha boca as seguintes palavras " pelo menos durante o dia ele está em boas mãos", mas o que é assustador é que quando chega a tarde, o pequeno principe tem de voltar para as mãos da bruxa má... Deplorável...
Outra situação que me aflige diz respeito a duas meninas... Até algum tempo atrás, andavam as duas no infantário privado, por questões financeiras, optaram por colocar a mais velha na pré-escola pública e manter apenas a mais pequena no privado ( o que eu consigo entender perfeitamente, pois nem todos têm capacidade financeira para ter todos ou algum dos seus filhos num infantário privado). O problema para mim começa quando descubro que a mãe das meninas é afinal, dona do seu próprio negócio ( tem empregadas, o que lhe dá uma certa flexibilidade de horários) mas mesmo assim, espera todos os dias, não pela hora de fecho, mas sim pelos últimos minutos da tolerência após o fecho, para ir buscar as meninas a cada um dos locais.
Ok, é uma escolha, a senhora até pode ter empregados, mas querer vigiar, controlar o negócio, tudo bem, cada um decide as suas prioridades... Se assim fosse... Mas quando vejo ( e já me tinham dito) a criatura num belo dia a chegar de chinelos de quarto vi que a realidade era bem mais assustadora do que eu a imaginava ( e eu que geralmente tenho uma imaginação tão fértil).
A casa da senhora fica a menos de 1 km de cada um dos locais onde estão as suas filhas (e as minhas também pois num lado temos o infantário da minha mais nova, e no local onde é a pré da outra menina encontra-se também o ATL da minha mais velha). Conclusão: a senhora deposita as filhas nos dois locais, mas mesmo que vá trabalhar em alguma altura do dia, acaba por ir para casa e por lá permanecer em vez de ir buscar as meninas... Também me contaram que, há alguns dias atrás, num fim de semana, a mãe estava a dormir, com todas as portas e janelas abertas e as duas meninas fugiram para o infantário tendo sido encontrados pela vizinha da frente que as levou de volta a casa. Agora pergunto, que casa é esta, em que duas crianças de 4 e 2 anos sentem mais segurança num infantário do que na sua própria casa??? Alguma coisa deve estar muito errada, não acham? Sinto tanta pena destes anjinhos todos...
Quando tenho conhecimento de histórias deste género ( e conheço ainda outras) penso que nem toda a gente deveria ter a capacidade de procriação... A selecção natural que garante a sobrevivência do mais apto deveria ter maneira de garantir que pessoas assim não conseguissem reproduzir já que, sabe-se lá como, conseguem juntar-se em pares aparentemente tão inaptos um como o outro... Quando me sinto culpada por não conseguir ir buscar as minhas meninas mais cedo ( e acreditem que me sinto culpada por isso muita vez) penso que pelo menos não o faço de forma intencional e não consigo sequer evitá-lo enquanto que estas criaturas... Mas apesar de ter muita pena, nada posso fazer, enquanto que às minha meninas posso pelo menos garantir o seu bem estar e o meu amor incondicional ...sempre...

Motivação...

Ontem (porque passa já da meia noite), levantei-me e cedo saí de casa com o intuito de ir para a unidade fabril onde me encontro ocasionalmente a trabalhar... Ocasionalmente, não por que apenas trabalhe ocasionalmente, mas sim, porque o meu trabalho se desdobra em diversos locais aos quais eu me dirijo várias vezes por dia.
Só no espaço de 2 km são 3 os locais de trabalho que tenho. No resto do país tenho outros 5, portanto trabalho não me falta e locais para o fazer também não. Mas adiante...

Então, ontem lá me dirigi a um desses locais para, em conjunto com outros membros das empresas que represento e nas quais trabalho, tentar aumentar numa pequena sessão, a motivação dos meus colegas e , consequentemente a sua participação nestes tempos que só não se adivinham difíceis porque na realidade já o são desde há muito...

A realidade é que, apesar de muitos não terem esta necessidade, pois já dão diariamente o seu melhor, outros há em que dá sempre um jeitinho especial se tiverem alguém, em frente a eles, a mostrar o que realmente sente e a pedir ajuda... Sim, pedir, pois nestas coisas, apelar ao sentimento é, além de mais eficaz, muito mais honesto que tentar agir com pulso de ferro, sobretudo se quem o tenta fazer não consegue esquecer que quem se encontra do outro lado da máquina, da secretária ou mesmo em casa do cliente é um ser com tantos ou mais problemas que nós...

Mas é complicado, sentir as dificuldades nos recebimentos, as pressões nos preços, ver as margens a cair, os aumentos dos preços das matérias primas, as exigências dos fornecedores, balancear tudo isto e no final do mês conseguir dizer " Conseguimos, pelo menos por mais um mês, ainda cá estamos...".

É um legado em risco, são trabalhos de vidas, são famílias que podem a qualquer momento cair desamparadas, enfim, tanta coisa, tanta preocupação... Sim, porque nestas situações, mais do que a nossa própria pele, são mais 30, 40, 50 outras nas quais temos que pensar e fazer os possíveis para não os deixar cair... E se caíssem? pensamos nós por vezes, o que lhes aconteceria? Créditos por pagar, comida para comprar, escolas e infantários para pagar... Os tempos de brincadeira já há muito que passaram... Agora é a sério...

O monopólio era giro, mas era dinheiro a brincar... Agora o jogo é outro... O dinheiro é a sério, o dedal, o sapato e todos os outros agora têm uma cara, as casas que se perdem agora são um lar e não apenas uma propriedade... Não quero, não posso nem vou deixar isso acontecer...

Por isso deixei de dormir, por isso penso e sofro diariamente... Pois estas vidas todas, de uma maneira ou outra estão agora ligadas à minha e, daqui a algum tempo (longínquo, espero eu), será para mim que se virarão quando o final do mês chegar e eu espero que, quando esse dia chegar, eu possa seguir a tradição que conheço hoje e então dizer novamente que, com a ajuda de todos " Conseguimos, por mais um mês ainda continuaremos aqui". E que esse mês dure para sempre...sempre...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Carpe Diem...

Ao efectuar uma pesquisa, encontrei o seguinte poema. Descobri depois, que este poema era tão somente a origem da frase que encanta milhões...
CARPE DIEM
"Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã
Não perguntes, saber é proibido, o fim que os deuses
darão a mim ou a você, Leuconoe, com os adivinhos da Babilónia
não brinque. É melhor apenas lidar com o que cruza o seu caminho
Se muitos invernos Júpiter te dará ou se este é o último,
que agora bate nas rochas da praia com as ondas do mar
Tirreno: seja sábio, beba seu vinho e para o curto prazo
reescale suas esperanças. Mesmo enquanto falamos, o tempo ciumento
está fugindo de nós. Colha o dia, confia o mínimo no amanhã."
Odes – Horácio (65 – 8 A.C.)
Aqui, agora, muito se poderia este tema desenvolver, mas actualmente e pelo menos por agora, este blogue não está disponível para discussão, e face ao poema exposto, pouco mais tenho eu a acrescentar... Afinal, palavras para quê quando está tudo dito?... Tempus fugit, Carpe diem...sempre...

sábado, 18 de outubro de 2008

Trabalho...

Vou sair agora do trabalho... Mania que eu tenho de gastar horas preciosas em coisas tão banais como comer, dormir, tomar banho, enfim, pieguices... Depois acontece-me ter de abdicar de um dia na companhia das minhas princesas para recuperar o tempo "desperdiçado" em trivialidades como as que já descrevi acima. Eu ainda hei-de aprender... A realidade é que começo a ter pouco tempo e muito trabalho, o que por um lado é óptimo, pois, como descreve uma frase de William Blake que tive até há alguns dias no meu messenger, "A abelha atarefada não tem tempo para a tristeza" e eu sei que isto é verdade, porque comigo foi o que aconteceu. Durante a azáfama que acompanha os meus dias nem tempo tenho para me sentir miserável, mas depois, quando páro...
E a tristeza brutal que acompanhava até à pouco tempo o meu dia-a-dia transformou-se agora numa amena resignação que, conciliada com o excesso de trabalho e as palavras amigas (de quem as sabe proferir), fazem com que o dia de amanhã me pareça mais aceitável...Mas do futuro... falarei no futuro...sempre...

Banalidades...

Hoje nada de específico me traz a este local... Apenas me apetece escrever... sobre tudo, sobre nada, apenas escrever... Soltar palavras ao vento sem me preocupar onde irão cair, se irão para longe, se ficarão perto, quem as irá resgatar... Apenas escrever...
Recomeçaram hoje as minhas aulas; que saudades tinha... Já lá me apetecia escrever, tanto que mesmo os exercícios que deveriam ser apenas orais acabei a escrevê-los no caderno...
Vamos então escrever uma dissertação sobre... O tempo...
Só se fala do tempo quando não há assunto nenhum a discutir. Pois é isso mesmo que me traz aqui hoje, como aliás já referi... nada! Mas continuo com vontade de escrever, por isso, lá terão que me aturar...ou não... é uma escolha!
Pois bem, o tempo cá pelos meus lados não augura nada de bom... Frio, ventoso, nuvens todo o dia e direito a chuva no início da noite, quando me dirigia a Leiria. Mas nem tudo é mau... Pelo menos, a chuva já parou e as nuvens amainaram um bocado. Mas deixemos o tempo de lado ou acreditaram mesmo que eu iria perder mais de trinta segundos a divagar nas barbas do tempo?
Vou passar a um tema para mim bastante mais gratificante e sentido: a LUA. Finalmente, após grande resistência das nuvens, lá deixou a LUA de espreitar tímida por entre as nuvens para passar a ocupar um lugar de destaque, em todo o seu esplendor, rodeada por aquelas que antes a ensombravam. Olhei há pouco para ela para inspiração e força e lá a encontrei, esplêndida (apesar de em minguante), cheia de luz, enfim... brilhante! Espero que brilhe assim por todo o país, pois seria injusto privar alguém deste brilho que tanta força dá! Apesar de continuar com vontade de escrever, acredito que mais dia menos dia me vá arrepender de ter escrito tanto sobre... nada, quando tanto haveria a dizer sobre... tudo... Mas eu também nunca disse que era normal e nunca tentei sequer fingir que era, porque a realidade nua e crua da coisa é só uma... Apetecia-me escrever... E assim fiz...sempre...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

As coisas que perdemos...

Hoje perdi o meu telemóvel... Já reapareceu, mas durante umas horas foi uma agonia. Números perdidos, contactos talvez perdidos para sempre e a agenda, tão preenchida, que me determina os dias vindouros... Como iria eu fazer???
Não reajo muito bem nestas situações, sinto sempre uma angústia em pensar que hoje, neste preciso momento em que não tenho o telemóvel, alguém com quem já não falo há tanto tempo ou alguém que, de alguma forma teve acesso ao meu número, tenta agora contactar-me e do outro lado... silêncio! Enfim, a minha imaginação Hollywoodesca do costume, não é?
Outra das minhas preocupações é que, como viajo muito de carro, muitas das minhas reuniões/tarefas ou compromissos são combinadas em movimento e, como tal, a melhor forma de não me esquecer das obrigações assumidas é justamente marcá-las em algo que anda sempre comigo... o telemóvel. Agora, quando esse mesmo telemóvel desaparece, todos esses compromissos desaparecem com ele e eu, fico completamente à nora, havendo sempre a possibilidade de, nos dias mais próximos, aparecerem à mesma hora, vários grupos de pessoas de empresas distintas, para uma reunião (marcada e confirmada) com o D. Qualidade/Marketing do sítio, que, sem saber (por não se lembrar), sobrelotou determinada hora que julgava ainda vaga.
Não me posso esquecer de avisar amanhã, aos poucos que me lembrava dos números de cor e aos quais avisei que tinha perdido o telemóvel, que o dito já reapareceu e já não precisam usar números alternativos para me ligar e/ou enviar mensagem... Já sei, vou marcar na agenda do telemóvel, genial, não?...
...sempre ...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

De novo, o Sol e a Lua...


Está tudo dito! ...sempre...

sábado, 11 de outubro de 2008

Dia mundial dos animais...

Nem sei como me passou esta data despercebida. Eu, que gosto tanto de animais, que por vezes chego a gostar mais dos animais do que de algumas pessoas. Animais que sempre me fizeram sentir melhor, por pior que estivesse, que sempre me acompanharam, enfim, que sempre fizeram parte da minha vida. Descobri hoje, enquanto vagueava pelos blogues que conheço e que gosto de visitar com alguma regularidade, que foi no passado dia 4 de Outubro o dia mundial dos animais.
Que pena tenho que nem todos tenham ainda aprendido a respeitar estes seres que tanto bem nos fazem... Senão vejamos, ajudam crianças com doenças crónicas e incapacitantes a desenvolverem-se e a interagir, ajudam os 'nossos' idosos, tantas vezes abandonados pelas famílias, a terem alguma companhia e assim não sentirem tanto o fosso em que as famílias os colocaram, enfim, tanto bem nos fazem e nós, humanos, tantas vezes os maltratamos e abandonamos... Que pena...
Nós cá por casa, tentamos fazer um bocadinho para ajudá-los a ter uma existência mais fácil, somos família de acolhimento para animais abandonados, guardamos os bichinhos até que se encontre alguém que não se importe de ter mais um membro na família. Sempre que eu possa ajudar algum animal, assim o farei...sempre...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O futuro dos outros...

Hoje não é a minha vida que me leva a escrever aqui. É sim a vida de outrem... É, no entanto, outrem com quem me preocupo e quero tanto bem como nem laços de sangue poderiam obrigar a esse sentimento. E este, não sendo forçado é efectivamente sentido!
Na realidade, a vida desta amiga é parte da minha e, como tal, preocupa-me como se da minha se tratasse. Por isso me custa tanto vê-la numa corda bamba constante mas , qual junco vergado pela força do vento, sem nunca quebrar, ela também não tomba "porque assim não tem que ser...".
E ainda bem que assim é, porque ver-te quebrar seria quebrar eu também, mais não fosse o coração, pois as amizades são assim por mim vividas e esta, talvez pela maturidade que a acompanha, é-me especialmente querida e sentida.
Os dias passam e a tua força mantém-se... Admiro-te! Pela força, pela amizade, enfim, por tudo um pouco.
É verdade que costumo dizer que, do futuro falarei no futuro, e que, ainda hoje me avisaste que no futuro me poderias desiludir, mas deixa que te diga desde já que, para o fazeres com êxito, depois de tudo o que tens sido para mim e tens aturado de mim, das provas constantes de amizade e da tua preocupação genuína (porque ninguém conseguia fingir assim), terás que fazer um esforço sobre-humano para seres bem sucedida. Boa sorte com isso!
Enquanto não o fizeres, deixa que te diga, sempre que precises de mim, aqui estou, sempre que queiras desabafar, os meus ouvidos aqui estão para ti, sempre que te queiras rir (tenho o dom de fazer rir os outros, sabias?), vem ter comigo ...sempre...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Futuro...adiado...

Eu já devia até estar á espera. Liguei para a secretaria apenas para ouvir dizer que, como já sou licenciada ( e aparentemente isso agora é errado) não existe para os já licenciados uma segunda fase de acesso ao ensino superior ( a audácia de se pretender igualdade de direitos...). A sério?! Estaria eu mesmo à espera que assim não fosse? Por vezes acho piada à minha própria ingenuidade... Resta-me agora esperar que recomece o meu curso de línguas, que mantenho religiosamente há alguns anos ( é já no dia 17), não só para aprendizagem, mas também como uma espécie de terapia ( e que terapia!) e tentar novamente para o ano que vem ( Desistir?!? Não me parece!)
E, como um mal nunca vem só, passei o resto do dia a levar banhos da minha filha mais nova que não pára de vomitar... Uma das grandes desvantagens das creches e jardins de infância... (ela só entrou em Julho para lá, logo, tinha estado 2 anos mais ou menos protegida das viroses que se apanham nestes locais, apesar da irmã sempre ter "partilhado" com ela o que por lá encontrava/apanhava). Os vírus alastram-se com uma rapidez tal que é assustador... Coitadinha, como nunca tinha vomitado antes (claro que bolsou quando era pequena, mas obviamente já não se lembra) mais que a aflição de vomitar, era o pânico em que ficava no fim de vomitar, com medo e a pedir desculpa por ter "feito aneira"(palavras dela). Claro que logo a confortei e tentei explicar (o melhor que se consegue a uma criança de 2 anos) que, como ela estava doente era normal o que tinha acontecido... Mas espero que melhore depressa porque ela já não é gordita, e se ficar muito tempo assim... Não há-de ser nada. As minhas meninas são e sempre serão fortes ( orgulho-me de dizer que nisso saem à mãe) ...sempre...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Banho a dois...

Não, não é nada do que estão a pensar! O banho foi com a minha filha, a minha tulipa mais nova, e foi bommm... Tecnicamente, em bom rigor, (como dizia um professor meu) foi mais um banho a duas.
Não poderia ser o que estão a pensar mesmo porque... Bem, não interessa, basta dizer que tal agora seria impossível...
Sabem-me tão bem estes momentos com a minha prole que me fazem esquecer tudo o que correu mal na minha vida e me fazem sentir tão bem...
Hoje foi um dia... diferente... estou mesmo com vontade de voltar a 'atacar' os livros, aprender algo novo, conhecer gente nova, sair da rotina em que se tornou a minha vida e, quem sabe, arranjar um futuro diferente... Mas claro que tudo isto é lindo de pensar, mas depois a aplicação prática da coisa já não é assim tão simples... Mas não desisto e vou informar-me. Só então poderei decidir alguma coisa! Também nunca fui menina de desistir das coisas só porque são dificeis, não hei-de começar agora...sempre...

sábado, 4 de outubro de 2008

Memórias de estudante...

Talvez pelo inicio das aulas e pelo facto de eu ainda não ter recomeçado o meu curso, tenho andado a pensar no meu primeiro ano de universidade e com vontade de reviver essas experiências e adquirir novos conhecimentos. Irei ainda a tempo de entrar na segunda fase?!?
Lembro-me especialmente de dois professores do primeiro ano, o de Direito e o de Contabilidade Geral. Dois bons, aliás, óptimos profissionais nas suas áreas, mas apenas um deles um bom professor, pois não basta saber, mas é muito importante saber e conseguir transmitir os conhecimentos aos outros, pois no fundo é isso que faz um bom professor e não apenas o dominar a matéria. Isso, apenas um deles tinha.
Marcaram-me as aulas de direito (civil e comercial), não só pelas matérias em si, deveras apelativas e interessantes, mas também pela humanidade demonstrada pelo professor (que passava por um processo de divórcio naquela altura), e que, nalguns temas deixava transparecer uma paixão admirável e contangiante (especialmente em direito civil). Ainda hoje me lembro das suas palavras que muito jeito me vieram a dar na vertente profissional; Dizia ele (não esquecendo que o curso era sobre gestão de empresas e como tal, os assuntos de direito comercial seriam também a esse tema alusivos) "Fujam das letras como o diabo foge da cruz". Tais palavras nunca mais abandonaram a minha mente.
Outra das frases que ainda hoje me acompanha era sobre contabilidade. Fui das poucas pessoas que entrou naquele curso sem nunca ter ouvido/assistido a uma única aula de contabilidade, fiscalidade e outras dades do género. Tendo eu vindo da uma turma da desporto (área A, na altura), era mais fácil saber quais as penalidades que poderíamos sofrer num jogo de basquete ou volei do que como classificar um documento contabilístico.
Mas consegui e ainda hoje me guio pela frase que o meu professor de contabilidade disse no ano de 1994 (o que é bom, considerando a dificuldade com que nos transmitia os seus conhecimentos) " Nunca passem um cheque ou efectuem um pagamento sem terem o documento a ele correspondente". Parece óbvio, não é? Pois, mas é surpreendente a quantidade de vezes em que evitei problemas futuros apenas por seguir esta pequenina frase. Vieram outros anos, outros professores, alguns ensinaram-me muito, outros nem tanto, mas foi sempre com prazer que assisti às aulas em que, muito ou pouco, sempre retirava algo que me viria a ajudar mais tarde (ou pelo menos assim acreditava eu).
Ainda hoje me lembro das noites de sexta feira passadas no meu apartamento (nunca menos de 6 pessoas) a fazer trabalhos de grupo que um professor nos atribuia todas as semanas e na semana seguinte, o mesmo professor escolhia aleatoriamente um desses grupo para apresentar a aula e o tema aos colegas. Sendo que o tema era o mesmo para todos os grupos, achávamos mais fácil juntar 2 ou 3 grupos para desenvolver primeiro o tema e só então deixar os "acabamentos finais" para cada grupo em separado. Geralmente era coisa para acabar (entre estudo, paródia e conversas totalmente alheias ao tema) por volta das 6h da manhã, hora perfeita para sair e ir à procura das padarias que tiravam a primeira fornada de pão para nos deliciarmos a comer pão quente com manteiga. Hummm, que coisa boa! Só complicava quando tínhamos que comparecer depois, no sábado às 9h para mais uma aula... Quem se conseguia manter acordado?
Mas foram tempos muito bons e que deixam saudade...sempre...